Schayla Letyelle Costa Pissetti dedica suas horas ao ensino da matemática para estudantes do ensino fundamental, na Escola Municipal de Educação Básica Mutirão, em Lages. Sempre ativa e em busca de novas didáticas, ela desenvolveu com seus alunos do 9º ano, o trabalho “Projeto Horta e Matemática: Gerando Renda e Conhecimento”.

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— Quando estamos preparando nossas aulas, nunca imaginamos que ela nos trará algum prêmio. Fazemos todos os dias o melhor para a compreensão dos nossos alunos — conta ela, que acreditou no projeto e o inscreveu no Prêmio Diamante da Educação, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

A iniciativa reconhece práticas inovadoras de ensino feitas por professores da Educação Básica e Educação Profissional e Tecnológica do Brasil e do exterior. Foram mais de cem trabalhos inscritos em todo o Brasil, e Schayla foi a vencedora do primeiro lugar na categoria “Anos finais do Ensino Fundamental II (6ª ao 9º ano)”.

— Foi com muita alegria que viajei mais de 1,5 mil quilômetros até a cidade goiana de Iporá, para participar do Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação (Elped) do IF Goiano, e receber esse troféu muito especial — destaca ela orgulhosa.

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A cerimônia de premiação foi realizada nesta quinta-feira (25).

— “Os trabalhos inscritos e classificados são práticas inovadoras que passaram por uma comissão criteriosa formada professores de instituições do Brasil e Portugal — destaca uma das coordenadoras do Diamante da Educação, professora Rosenilde Paniago. Esta é a terceira vez que o IF Goiano promove o prêmio e a segunda como parte da programação do Elped.

O trabalho desenvolvido por Schayla, “Horta e Matemática: gerando renda e conhecimento”, proporcionou aos estudantes levantar dinheiro para as formaturas e passeio por meio do cultivo e venda de produtos orgânicos na comunidade.

Segundo a professora, o grande desafio era, a partir da primeira venda, organizar as finanças para continuar plantando, vendendo e ganhando dinheiro, com o intuito de obter o maior lucro possível.

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— Com a promessa de ganharem mais 10% de presente no final do ano, em cima do valor arrecadado e preocupados em conseguir o maior lucro possível, os estudantes se empenharam, conseguindo mudas de temperos e chás em suas próprias residências, pesquisas sobre métodos de cultivo e estratégias de venda. E é claro que atingiram a meta estipulada pelo projeto.

— Ganhar esse prêmio foi o maior presente que eu poderia receber este ano, em que completo 20 anos na docência. Sou muito grata a Secretaria de educação de Lages pelo apoio e incentivo, a minha escola Mutirão pela autonomia que me atribuem, confiando no meu trabalho e nas minhas ideias. E principalmente aos meus alunos, porque sem eles nada disso teria acontecido. Esse prêmio é nosso — conclui ela.

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