O esporte, que trouxe oportunidades para a vida de Roberto Carlos Bortolotto, é para ele um instrumento. Atleta nenhum permanece no projeto se não for bem na escola, e a cada queda, é com o carinho de um pai que ele ajuda a levantar. Nascido em Nova Veneza, no Sul do Estado, ele coleciona medalhas do tempo em que fazia atletismo, e hoje utiliza a própria história de vida para inspirar crianças a adolescentes.
Continua depois da publicidade
Com passagens pela Confederação Brasileira de Atletismo, tanto como atleta quanto treinador, é em Nova Veneza e Criciúma que ele desenvolve um projeto com 60 jovens. Já revelou alguns nomes para o mundo, como Ana Cláudia Lemos, que já esteve em três Jogos Olímpicos e é a recordista brasileira dos 200 metros rasos.
Para 2020, a meta é ampliar o projeto para 100 jovens, que poderão encontrar no esporte um futuro melhor.
Esporte e oportunidade
Destaque no atletismo estadual na década de 1980, Bortolotto foi contratado para representar Joinville em 1985, e depois, disputar as competições por Concórdia. Em 1993, retornou para a cidade natal e começou como técnico de atletismo. “Feliz daqueles que passam por essa vida, tem uma história e transformam a vida de alguém”, é a frase que carrega como lema, e que norteia o caminho do treinador. Casado há 24 anos com Guiomar Marchezan Bortolotto, ele é pai de Roberto 21 anos e Leonardo, 18, além de abraçar toda grande família do atletismo.
Descoberta de talentos
O olhar clínico muitas vezes descobre talentos que passam, caminhando pela rua. Ou ainda, aquele sétimo, oitavo lugar, pouco festejado nas competições, mas que com o treinamento certo, passa a conquistar medalhas. Mais do que capacitar para subir ao pódio, Bortolotto quer oferecer oportunidade de vida. A maioria dos atletas ganha bolsa auxílio, seja do município ou do governo federal, e muitos conseguem cursar a graduação com bolsa integral.
Continua depois da publicidade
Poder transformador do esporte
A maioria dos jovens no atletismo vem de família de menor renda, então o que se pode oferecer, na visão de Bortolotto, é um futuro melhor. Hoje, muitos que começaram nas pistas estão formados e no mercado de trabalho, em diferentes profissões. Mais do que atletas, formar cidadãos. Essa é a contribuição que o treinador quer deixar por onde passa.