Um dos temas mais explorados nos vestibulares brasileiros é a questão indígena. Os primeiros habitantes do continente americano têm sido alvo das mais variadas pesquisas. São historiadores, sociólogos, arqueólogos e antropólogos que buscam as mais variadas informações sobre esses povos e um sem números de livros têm sido publicados por conta disso.
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As bancas de vestibulares têm dado maior visibilidade a esses grupos humanos. Vamos, então, conhecer um pouco dos primeiros habitantes da América. No processo de colonização, os povos indígenas sofreram enormes baixas e, ao longo dos últimos anos, tais baixas se intensificaram. De uma população aproximada de 5 milhões de indígenas, restaram, hoje, aproximadamente 300 mil.
Lembramos que boa parte desses índios foi aculturada pela sociedade que se impôs, ou seja, vivem em centros urbanos, usam roupas que caracterizam a cultura branca e, não raras vezes, sequer conhecem o idioma de sua tribo. Quando o português chegou, as comunidades indígenas que habitavam o Brasil se dividiam em quatro troncos linguísticos principais. Eram eles: Tupi-guarani, Nacro-jê, Nu-aruak, Caribe.
Os tupis-guaranis habitavam o litoral e foram os primeiros a entrar em contato com o colonizador europeu. Por isso, é muito comum estendermos os costumes deste grupo para os demais. O fato de os tupis-guaranis habitarem grandes extensões do litoral brasileiro também contribuiu para que se tornassem o grupo indígena mais conhecido. Mas mesmo dentro deste tronco linguístico viviam diversos outros subgrupos, como: carijós, tupinambás, tupiniquins, tamoios etc.
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A maioria dos índios que habitavam o Brasil na época da colonização tinha como atividade econômica a pesca, a caça, a coleta de frutos e, em alguns casos, já conheciam a agricultura de subsistência, sendo a mandioca o principal produto cultivado. No campo artesanal os índios haviam desenvolvido técnicas de cerâmica, construíam pequenas embarcações e dominavam o fogo.
Os índios catarinenses
– Carijós: litoral. Sedentarismo; agricultura; produziam a mandioca; tupi-guarani.
– Xokleng: interior. Belicosos; caçadores;Jê; Santa Catarina.
Kaingang: interior. Botocudos; bugres; belicosos; caçadores; Jê.
Os primeiros contatos entre índios e brancos
O encontro entre portugueses e indígenas foi, antes de tudo, um contato entre culturas completamente diferentes. Os portugueses não entendiam por que os que aqui viviam andavam nus, adoravam vários deuses e cultuavam forças da natureza. Os índios, por sua vez, também não conseguiam entender como os portugueses adoravam duas madeiras cruzadas e usavam roupas, além de possuírem pelo sobre o corpo.
Apesar do estranhamento, o primeiro contato entre índios e brancos foi amistoso e de grande perplexidade e estranheza. Sendo o pau-brasil o único produto para ser explorado nestas terras, os portugueses trataram de desenvolver relações comerciais com os indígenas baseada na troca de produtos. Era o escambo. Os índios não se interessavam pelo pau-brasil, pois aquela madeira não tinha valor de uso, por ser de pouca resistência. Por isso, não se importavam em trocá-la por objetos como panelas, espelhos e machados. Para os portugueses, esta madeira tinha um importante valor comercial, pois dela extraíam uma tinta vermelha muito utilizada em tecidos.
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