“No final de novembro, o mercado brasileiro passou pela primeira vez, de fato, pelo grande tsunami de ações promocionais do varejo conhecido como Black Friday. A exemplo do que ocorria há anos nos EUA, lojas físicas e virtuais esbanjaram descontos de até 80%, nem sempre confiáveis, às vezes fraudulentos, mas que fizeram o consumidor morder a isca como nunca. O total de vendas aproximou-se de R$ 500 milhões, mais que o dobro do ano passado no mesmo período.
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Agora, já entramos na época do Natal, nada menos do que a melhor data para o comércio no ano. Mas Papai Noel tem muito o que aprender com as lições do Black Friday. Isso porque junto com as vendas, vieram as duras críticas. Foram contabilizadas 8,5 mil reclamações contra as lojas no canal Reclame Aqui, onde recorreram consumidores insatisfeitos, com problemas nas compras.
A principal reclamação foi quanto a problemas na entrega dos produtos, quando adquiridos pela internet, tamanho o nível de tráfego de vendas. Os sites e transportadoras parceiras não deram conta de entregar todos os produtos dentro do prazo estipulado na compra, gerando atrasos inconvenientes. Em alguns sites de grandes redes, o número de visitantes superou em dez vezes o nível de testes realizados antes do Black Friday, por precaução.
Outra crítica dos consumidores foi quanto à taxa de desconto aquém do esperado, que não justificava a compra. Nas redes sociais, foi dito até que o Black Friday é o período em que se encontra tudo pela metade do dobro. O problema nesses casos é que reduções muito fortes nos preços impactam na rentabilidade do negócio e exigem um alto volume de venda, que nos direciona para a reclamação anterior. Estudo de comerciantes paulistas mostra que cortes acima de 50% não garantem margem de lucro.“
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