Atrás dos números das 50 décadas de ensino repassados a cerca de 25 mil alunos, mais de 50 livros traduzidos e 19 publicados, está um mundo de letras. Da suavidade da palavra brisa à cor da palavra frutas, o professor, escritor e dicionarista Alfredo Scottini, 75 anos, guarda com carinho cerca de 2 mil livros, de diferentes idiomas, na biblioteca da própria casa. De tanto aprender, é fácil ensinar.

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– Toda palavra é uma sinfonia – comenta Scottini após ser questionado sobre as que prefere.

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Foi no dia 20 de janeiro de 1938 que nasceu em Rodeio, na localidade de San Pierolin, o menino que hoje carrega a satisfação de ser professor há mais de 50 décadas, mesmo tempo que mora em Blumenau. Aos 12 anos, foi para o seminário franciscano, onde permaneceu por 10 anos, primeiro em Rodeio, depois em Rio Negro (PR) e em Agudos (SP). Fez curso de línguas no seminário, é graduado em Filosofia, Ciências e Letras e ainda em Direito e Contabilidade. Também é fluente em português, francês, italiano, latim e entende espanhol, alemão e inglês.

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Hoje, Scottini escreve livros, trabalha em catequeses de Blumenau, dá aulas para seminaristas da Diocese e revisa o jornal da Diocese. Pretende lançar um livro por ano. Ao todo, já lançou cerca de 19, entre eles um dicionário de português com 42 mil palavras _ e mais de 150 mil exemplares vendidos no Brasil. A primeira obra que lançou foi Histórias Várias, em 1997, e a publicação mais recente é Histórias Hilarinas, de 2013.

A primeira vez em que passou da carteira de aluno à frente do quadro da mesa de professor foi em 1962. Foi aprovado no concurso no Senai de Blumenau, onde lecionou por 50 anos. Em 1964, começou a dar aulas também no Colégio Santo Antônio, onde ficou por 25 anos. Foi na mesma época que começou a ensinar ainda em escolas estaduais de Blumenau, onde atuou por 20 anos.

– Comecei a lecionar e achei que era uma missão extraordinária. Dar aula é sempre um trabalho grandioso. Hoje, encontro milhares de ex-alunos que me cumprimentam e abraçam. Para mim, isso é um patrimônio. Não tive alunos ruins. E sim uns mais aplicados e outros menos. Eles sabiam que eu corrigia vírgula por vírgula – comentou Scottini, que chegou a deixar o irmão em segunda época. – Aluno é aluno – continuou o professor, que também já atuou em outras áreas como RH e já foi escriturário.

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