Julho pode ser mês de férias escolares, mas para muitos pais é o período para fazer a troca do colégio do filho. Uma série de motivos pode levar a isso: mudança de cidade, troca de emprego, nova residência.

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Isso ocorreu comigo há quatro anos. Meus filhos, depois de seis anos estudando numa escola, na Ilha, e seis meses em um colégio bem longe daqui, em Rio Grande (RS), voltavam em definitivo para Floripa em plenas férias de julho e, agora, eu morava no Estreito.

Um dos critérios para escolher a nova escola para os três (que na época tinham 4, 6 e 8 anos) era a qualidade do ensino e a proximidade de casa, além de saber, é claro, se havia vagas. De acordo com o orçamento, visitei três escolas. E em duas, fui com eles. A distância das duas com a nossa casa era quase a mesma, assim como a mensalidade. A escolha recaiu em um critério muito particular: a filosofia espiritual que meus filhos teriam.

Como repórter especializado em Saúde e Educação (nos jornais enquadram essas áreas na Editoria de Geral), já tinha lido muito sobre a falta de limites e de valores perenes em nossas crianças e, atrás de respostas, entrevistado muitos psicólogos e educadores.

Uma escola que só preparasse para o vestibular passava longe de minha cabeça. Queria algo muito maior: uma escola que ensinasse para a vida, com valores justos e com a presença constante da oração. E isso eu encontrei no Colégio de Fátima, um estabelecimento administrado por freiras Salvatorianas, mas que está recheado de professores leigos.

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Eu recordo até hoje a emoção que tive ao ver, pela primeira vez, cerca de 300 crianças (meus filhos no meio) no pátio da escola fazendo a oração antes de ir tranquilamente para dentro da sala de aula. No lugar da sineta ou da sirene, a música e a oração.

A escola não é a única responsável pela educação de uma criança. A família tem um papel ainda mais importante, afinal é junto dela que a criança passa a maior parte do tempo. Na escola, a média é de cinco horas por dia. As outras 19 são em casa, junto com pai, mãe, irmãos e amigos.

Por isso, é fundamental que família e escola caminhem na mesma direção. E, de preferência, se complementem. Não adianta nada a mesa da casa estar recheada de frutas e verduras se a cantina da escola só vende fritura, doces e embutidos.

Sei que não existe a escola ideal. Todas tem algo com que você não concorda. Mas assim é a vida. E assim são as pessoas. O que importa mesmo é acreditar que fez a melhor escolha para o futuro de seus filhos. No meu caso, além de alimentá-los com o conteúdo de Português, Matemática e outras matérias obrigatórias, quero ver os meus filhos evoluindo espiritualmente naquilo em que acredito.

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