Paulo Maes, 44 anos, acredita e trabalha para formar uma geração que valorize mais a prática de atividades físicas e uma vida saudável. O profissional de educação física trabalha em Itajaí há mais de 25 anos e dedicou grande parte da carreira a área escolar. Mas foi o engajamento dele em uma ação solidária para salvar a vida de uma criança da cidade que fez com que Paulo fosse escolhido para conduzir a tocha olímpica.
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Em outubro do ano passado havia uma mobilização em Itajaí para salvar a vida do garoto Gabriel, que ainda precisa de um doador de medula óssea. Foi então que entrou em ação o lado solidário do educador. Ele trabalhou com alunos, amigos e familiares em uma campanha de doação de sangue e cadastramento para doação de medula.
Santa Catarina na rota da chama que anuncia os jogos olímpicos
-Fiz campanha com venda de camisetas, mobilizei tantas pessoas para que todos participassem. Infelizmente o Gabriel ainda está internado em São Paulo à espera de um doador compatível, a nossa luta ainda não terminou. A melhor notícia que eu poderia receber agora era de que foi encontrado o doador para o garoto – conta Paulo. Para ele, conduzir a tocha é uma forma de levar esperança para os doadores e os pacientes.
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O professor se emociona ao lembrar que toda a mobilização em torno do garoto ainda é muito pequena, e destaca que é necessário fazer muito mais:
-Nosso grande prêmio seria encontrar um doador para o Gabriel, isso seria a nossa medalha de ouro. Eu gostaria muito de receber um telefonema dizendo que sou o doador dele, ou também de qualquer pessoa que necessite desse tipo de ajuda – desabafa. Mas o grupo já teve boas notícias, duas das pessoas cadastradas no banco de doadores foram compatíveis e salvaram a vida de pacientes que aguardavam por um transplantes de medula.
Clique na imagem e veja as histórias dos condutores da tocha olímpica em SC:
Doação e atividade física
As duas bandeiras carregadas por Paulo transformam vidas e ele acredita que elas podem e devem caminhar juntas. Aliás, ele carregará a chama olímpica pensando nos dois propósitos e ressalta que a intenção não é aparecer sozinho. Ser condutor da tocha é uma forma de levar consigo todos que participaram da mobilização para ajudar o Gabriel e os alunos que passaram por ele nesse um quarto de século enquanto professor, e que foram tocados pelo trabalho voltado a educação física e qualidade de vida.
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-Eu gostaria muito de plantar a semente da atividade física e mobilizar as crianças que hoje estão muito direcionadas para a tecnologia. Quero incentivá-las a praticar esportes, ter uma vida mais saudável. E isso precisa chegar aos pais, pois é muito cômodo deixar os filhos sentados em frente a televisão ou computador. Desejo que o fogo olímpico passe e mexa com esse lado nas crianças – idealiza o professor.
Assim como os demais condutores, Paulo ficará com a tocha e já trabalha em um projeto para levá-la às escolas de Itajaí. Ele planeja fazer um circuito de palestras com as crianças para que elas também possam ter contato com este símbolo olímpico e, por consequência, disseminar as sementes de vida mais saudável.