O professor de história da rede estadual de Educação investigado por apologia ao nazismo foi afastado do cargo por 60 dias. Mensagens em que ele afirmava ser “fã de Hitler” e que queria colocar eleitores do PT em uma câmara de gás foram alvo de denúncia e um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso.
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Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SED), o afastamento pode ser prorrogado por mais 60 dias. Um processo interno na pasta também foi instaurado para verificar a conduta do professor. Durante o período longe da sala de aula ele continuará recebendo o salário.
O professor dá aulas na Escola de Ensino Médio Annes Gualberto, em Imbituba, no Sul catarinense. A SED informou que equipes do Núcleo de Prevenção às Violências Escolares foram até a unidade e ouviu os envolvidos.
O professor, que é servidor efetivo do Estado, escreveu que “sempre quis ser nazista” e que Hitler “foi melhor que Jesus”. “Eu sou super fã do Hitler”, disse o professor em uma das mensagens.
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Ele também se pronunciou contra o PT e quem votou no candidato petista no último domingo (30). Depois de proferir uma série de falas em apologia ao nazismo, o professor foi questionado por outro membro do grupo se era favorável a mandar os eleitores da legenda para uma câmara de gás.
“Sem dúvidas irmão…E eu é que queria ser o cara responsável por expelir o gás”, escreveu.
A Polícia Civil recebeu pelo menos quatro denúncias sobre o caso e até a quinta-feira (3) ainda não tinha ouvido o professor.
Apologia ao nazismo é crime previsto na Lei 7.716/1989. Ela prevê punição para ações de preconceito de raça e cor. A pena de reclusão é de dois a cinco anos.
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