Um professor de História da rede estadual de Santa Catarina foi denunciado após defender o nazismo em um grupo privado no WhatsApp. Um processo administrativo foi instaurado pela Secretaria de Educação (SED) nesta quinta-feira (3). A Polícia Civil também investiga o caso.

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Ele dá aulas na Escola de Ensino Médio Annes Gualberto, em Imbituba, no Sul catarinense. A SED disse que equipes do Núcleo de Prevenção às Violências Escolares foram até a unidade e ouviu os envolvidos. “Uma vez apurando o caso, todas as medidas cabíveis serão adotadas”, escreveu.

O professor, que é servidor efetivo do Estado, escreveu que “sempre quis ser nazista” e que Hitler “foi melhor que Jesus”. “Eu sou super fã do Hitler”, disse o professor em uma das mensagens.

Ele também se pronunciou contra o PT e quem votou no candidato petista no último domingo (30). Depois de proferir uma série de falas em apologia ao nazismo, o professor foi questionado por outro membro do grupo se era favorável a mandar os eleitores da legenda para uma câmara de gás.

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“Sem dúvidas irmão…E eu é que queria ser o cara responsável por expelir o gás”, escreveu.

O delegado Juliano Bessa, responsável pelas investigações, disse que pelo menos quatro boletins de ocorrência foram registrados denunciando o professor entre segunda-feira (31) e terça-feira (1º). Um inquérito policial foi instaurado, mas o profissional ainda não foi ouvido.

Apologia ao nazismo é crime previsto na Lei 7.716/1989. Ela prevê punição para ações de preconceito de raça e cor. A pena de reclusão é de dois a cinco anos.

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