Nenhuma escola será melhor que seus professores. Sem formação de qualidade, boas condições de trabalho e valorização profissional, não haverá possibilidade de promover educação e aprendizagem de qualidade.

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Escola de tempo integral, tecnologias de última geração, prédios e laboratórios “padrão Fifa”. Mesmo que a sociedade venha a ter acesso a esse padrão, nada disso garante boa educação, se não professores qualificados e bem valorizados.

Professor qualificado resulta de formação centrada no aluno e conhecimento dos processos de aprendizagem. A formação dos futuros professores passa pela licenciatura e por igual tempo de imersão em práticas pedagógicas e vivência escolar. É o que se denomina Residência Pedagógica. Complementará essa formação o currículo focado na realidade escolar ao invés da formação centrada em teorias ou temas alheios às competências e habilidades da futura área de atuação.

Para que seja atrativa e competitiva, a valorização profissional precisa ser estruturada como carreira federal única para todo o magistério das três esferas de governo com piso salarial não inferior a cinco salários mínimos. É questão estratégica, de prioridade e de otimização dos recursos.

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O Pacto pela Educação assume prioridade absoluta. Aos governantes e gestores faltam visão, vontade política, metas, prazos e avaliação de desempenho. No momento que governo e sociedade se mobilizam pela criação de um sistema nacional de educação, é hora de colocar o professor, a aprendizagem, a gestão da escola e o município em primeiro lugar. Não sem razão, fala-se em extinção do Ministério da Educação e das Secretarias de Estado da Educação. O que está comprovado é dinheiro pelos ralos, órgãos e cargos administrativos de mais e gestão educacional de menos.

É com esta visão estratégica que a Unesco, desde 1994, dedica o 5 de outubro, hoje, para reconhecer o trabalho dos professores no mundo.