O sonho de alguns colegas, com quem tenho a honra de conviver diariamente, é ver os times de futebol reduzidos à defesa e ao meio-campo. Na sua fúria defensivista, contrária ao gosto da maioria dos amantes do futebol, eles sonham com a eliminação do ataque como se fosse um órgão falido. Se fossem técnicos ou presidentes de clubes, determinariam que os seguranças barrassem a entrada de ponteiros e centroavantes nos estádios. Assim, não me espanta o fato de que tenham silenciado diante da proeza do centroavante Adriano Chuva, que, no domingo, desmontou a defesa do Grêmio. O azar do Adriano Chuva é que ele atende pelo nome de atacante. E, além disso, substituiu um jogador de meio-campo, o Lauro, para mudar totalmente a história do jogo que, naquele momento, estava 3 a 1 para o Grêmio. Providência Dois gols de craque, embora o Adriano Chuva não seja craque, derrubou a tese de que, um time, para ganhar, precisa antes de mais nada reforçar seu meio-campo. A providência oportuna do técnico Roberval Davino emudeceu a torcida gremista e os adeptos do defensivismo acanhado e medíocre. Constrangeu quem insiste em não valorizar o jogador com vocação para o ataque que, em todos os tempos e todos os times brasileiros, garantiu o bicho dos companheiros e levou mais público para os estádios. Então, longa vida e glória para os atacantes, que fazem a alegria do futebol.
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