O início da colheita de milho no Oeste catarinense está animando os produtores. Tanto que alguns já estão falando em recorde de produtividade. O agricultor Wilson Locatelli, de Chapecó, diz que está colhendo uma de suas melhores safras de milho. O rendimento é de 170 a 180 sacas por hectares.

Continua depois da publicidade

Locatelli diz que em 15 minutos enche a colheitadeira. Em dias de sol, ele consegue levar para o silo 3,3 mil a 3,5 mil sacas. Sua meta é colher 12 mil sacas na área de 150 hectares.

Além disso, o preço melhorou: cerca de R$ 24, contra R$ 14 da safra passada. Locatelli só lamenta não ter plantado mais por causa da previsão de estiagem. Com o dinheiro da safra ele pretende comprar uma colheitadeira nova.

Ao contrário das previsões, a chuva foi mais do que suficiente. O vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Furlanetto, destaca que, apesar da área plantada ter sido menor de 12% a 15%, a produtividade vai aumentar 15% no Oeste e Planalto Serrano.

Conforme ele, os produtores com alta tecnologia estão colhendo mais de 150 sacas por hectare e alguns atingem até 200 sacas, o dobro da média estadual.

Continua depois da publicidade

– Esta pode ser a melhor safra em produtividade – estima.

Para o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, os indicativos são de recorde em produtividade, mas não de produção, em virtude da redução da área plantada. Nos últimos anos a área foi reduzida de 856 mil hectares para 586 mil hectares. No entanto, ficaram os produtores mais tecnificados, que aumentam a produtividade quando o clima colabora.

O analista da Epagri, Julio Rodigheri, afirma que, no ano passado, foi registrada a maior produtividade da história, com 6,4 mil quilos por hectare. Mas, pelo início da colheita, há possibilidade de chegar neste número.