A produção industrial do país avançou 1,1% entre fevereiro e março de 2023, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. O crescimento ocorre após dois meses seguidos de queda, período em que acumulou retração de 0,5%.
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Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram em março. Entre elas, as principais influências sobre o índice geral vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).
O setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis já havia crescido 0,5% no mês anterior.
— Como esse segmento tinha registrado queda em janeiro e dezembro, vem de base de comparação depreciada. Também podemos destacar o aumento na produção de itens como gasolina automotiva e óleo diesel entre os fatores que impulsionaram esse crescimento — explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
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No caso do setor de máquinas e equipamentos, o resultado positivo reverteu a perda de 0,7% registrada em fevereiro.
— Essa atividade apresenta um crescimento importante com o aumento da produção de máquinas e equipamentos que ficam dentro da indústria, aqueles relacionados com ampliação e/ou modernização do parque industrial, tanto os seriados como os não seriados. Também vale destacar o avanço na fabricação de máquinas e equipamentos voltados para o setor agrícola e o setor de construção —detalha o pesquisador.
Outros destaques positivos foram os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), de outros equipamentos de transporte (4,8%), de produtos químicos (0,6%), de couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Por outro lado, o segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) exerceu a principal influência entre as oito atividades que recuaram no mês. O setor havia crescido por três meses consecutivos, acumulando ganho de 13,5% no período. Os setores de móveis (-4,3%) e de produtos de metal (-1,0%) também se destacaram entre as quedas.
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No ano, a indústria acumula variação negativa de 0,4%. Já o indicador acumulado dos últimos 12 meses teve variação nula (0,0%), interrompendo uma sequência de 10 meses no campo negativo.