Em um ano marcado por aumentos na inflação e nos juros, além da oscilação do dólar, a indústria catarinense registrou um crescimento de 2,1% em produção e 2% em vendas entre janeiro e outubro, segundo balanço divulgado nesta terça-feira pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

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Os segmentos que apresentaram as maiores altas na produção em 2013 foram a metalurgia básica, vestuário e celulose e papel. De acordo com o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o desempenho do setor industrial foi influenciado principalmente pelo segmento de veículos e automotores, cujas vendas cresceram quase 15% neste ano.

– Nós não temos veículos, mas temos a ferramentaria e todos os componentes para utilizar na fabricação de automóveis – disse.

No faturamento, a elevação ocorreu a despeito da queda nas exportações (-3,1%), sendo impulsionado pelo consumo interno. Neste indicador destacam-se os setores de veículos automotores e autopeças e produtos de metais, sendo que ambos estiveram entre os maiores recuos de 2012.

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O dado positivo do balanço da Fiesc é a criação de empregos. A indústria catarinense de transformação foi a segunda maior geradora de postos de trabalho no Brasil em 2013. Até outubro, foram abertas 38,7 mil vagas, o que representa alta de 6% sobre o registrado no mesmo período de 2012. Mas, em números absolutos, os maiores geradores de emprego foram os setores têxtil e vestuário, com 12 mil novas vagas, e madeira e móveis, com 4,6 mil.

– A manutenção das contratações mostra a expectativa do industrial catarinense na recuperação da economia no próximo ano – afirmou Côrte.

Somando US$ 7,982 bilhões até novembro, as exportações catarinenses tiveram queda de 3,1% sobre o registrado no mesmo período de 2012. Os principais mercados de Santa Catarina foram a China (US$ 667 milhões), Japão (US$ 481 milhões) e Reino Unido (US$ 326 milhões).

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Entre os 10 produtos mais exportados pelo Estado, os maiores recuos estão concentrados nos segmentos de motocompressores elétricos e carnes e carcaças de suínos – a abertura do mercado japonês ainda não influenciaram nos resultados, segundo Côrte.

Já as importações estão em alta. Com US$ 13,629 bilhões, os desembarques estão 1,73% superiores aos registrados em 2012. Os produtos com maior alta são automóveis e fios de poliéster.