A produção de espumantes virou atividade principal nas maiores vinícolas de Santa Catarina. Cada vez mais popular entre os brasileiros, a bebida tem deixado de ser associada às festas de final de ano para aparecer no carrinho de compras dos consumidores, independentemente da comemoração. Resultado disso é que, em 2013, as vinícolas Pericó e Santa Augusta, as duas que mais produzem espumantes no Estado segundo a Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos (Acavits), devem fechar o ano com um volume de 400 mil garrafas no mercado.
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O diretor técnico da Acavits, Saul Bianco, brinca que o espumante é a nova cerveja do brasileiro para o final do ano. A proprietária da vinícola Santa Augusta, Taline de Nardi, confirma a opinião. Ela acredita que, por viver em um país tropical, com diversidade de frutas cítricas e adocicadas, o brasileiro está acostumado com os sabores dos espumantes. A temperatura gelada, propícia para o clima do Brasil, ajudou a bebida a cair no gosto do consumidor.
Em SC, a condição climática e geográfica dos vinhos de altitude acabaram por diferenciar a produção das demais regiões, em especial a do Rio Grande do Sul. As características influenciaram para que a Villaggio Grando recebesse, neste ano, o prêmio de melhor espumante nacional no Top Ten da ExpoVinis, considerada a maior feira de vinhos da América Latina. Guilherme Grando, diretor comercial da vinícola de Água Doce, conta que a safra de 2012 do Brut Rosé, premiado no evento, está esgotada, e que a deste ano deve ser totalmente vendida até abril de 2014. A modalidade Brut, de espumantes secos, é a mais vendida pela vinícola.
– Ainda se consome muito espumante Doux e Demi-Sec no país, que são os mais doces, mas em qualquer lugar do mundo a tendência é o consumidor refinar o paladar e optar pelos mais secos.
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Cerveja perdendo espaço
A Vinícola Pericó, em São Joaquim, é considerada uma das mais mecanizadas do país, segundo a Acavits. Ao contrário de outras vinícolas de SC, que mudaram a estratégica e começam, agora, a apostar na produção de espumantes como carro-chefe, a vinícola do empresário Wandér Weege, da Malwee Malhas, sempre focou neste tipo de vinho. Tanto é que 80% do que se produz na vinícola é espumante.
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Weege revela que a intenção é aumentar em 35% a produção no ano que vem, para 230 mil garrafas de espumantes. Parte deste aumento foi causado pela mudança de hábito dos brasileiros. Jonas Tavares, da área comercial da empresa, conta que a bebida é muito versátil e refrescante, o que fez com que os jovens, antes adeptos à cerveja, aumentassem o consumo de espumantes.
Menos sentir, mais investir
A ambição da Vinícola Santa Augusta, de Videira, combina com a jovialidade do negócio. Há dois anos com foco nos espumantes, Taline de Nardi, proprietária da vinícola espera um aumento de 70% na produção da bebida, que chegaria a 250 mil garrafas neste ano. Ela justifica que a empresa passou da etapa de “sentir o mercado” para a de investir nele. Assim como na Pericó, 80% dos produtos vendidos na Santa Augusta são espumantes.
– Existia um certo preconceito quanto a vinhos brasileiros, mas com espumantes a aceitação é muito grande. Por termos na maioria do país um clima quente, a bebida mais gelada cai muito bem no gosto do consumidor.
Para comemorar tanta fartura e celebrar a entrada do Ano-Novo com um produto de excelência e bem gaúcho, Donna preparou um especial sobre a bebida que simboliza e traduz a magia do Réveillon. Conhecê-la em detalhe, aprender a apreciá-la e saber o que há de melhor nas prateleiras é a nossa proposta. Tim-tim!
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