O volume da safra de alho catarinense superou o registrado nas últimas oito, totalizando 16,2 mil toneladas produzidas, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). No entanto, a comercialização é um desafio para os produtos, já que o preço segue abaixo dos custos de produção.
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Apesar do aumento da produtividade, a área plantada com alho em Santa Catarina na safra 2022/23 foi de 1.490 hectares, abaixo da registrada nas últimas safras. Conforme o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Jurandi Gugel, a redução na área plantada é decorrente do baixo retorno econômico que a cultura tem alcançado nos últimos anos.
O preço pago ao produtor do alho classes 2 e 3 passou de R$4,68/kg para R$3,90/kg, redução de 16,66%. A média das classes 4 e 5 foi de R$6,94/kg, redução de 17,57%. Já as classes 6 e 7 foram comercializadas a R$9,00/kg, redução de 15,73%.
A queda de preços segue uma incógnita para os produtos. Isso porque houve também redução das importações de alho nos últimos anos, o que, na teoria, deveria aumentar o valor do produto. Em fevereiro de 2023 foram importadas 13,09 mil toneladas de alho, redução de 12,2% em relação ao mês de janeiro. Comparada ao mês de fevereiro de 2022, a redução foi de 5,75%.
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— Como se pode observar, o ano de 2022 foi o de menor importação dos últimos anos, puxado pelo aumento da produção interna, pelo câmbio favorável, pelo alto custo do frete internacional e por uma melhor aceitação do alho nacional pelo consumidor brasileiro — afirma o analista da Epagri, Jurandir Gugel.
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