A Procuradoria da Venezuela confirmou neste sábado a morte de quatro pessoas durante manifestações realizadas na véspera na cidade de Barquisimeto, no noroeste do país, o que aumenta para 89 o número de falecidos em três meses de protestos da oposição.

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Um balanço anterior do organismo havia confirmado uma morte nessas manifestações, que deixaram ainda uma pessoa gravemente ferida.

O Ministério Público não revelou as circunstâncias nas que as mortes ocorreram, mas o deputado opositor por Barquisimeto Alfonso Marquina denunciou na sexta-feira que foram causadas por ataques de pistoleiros.

Os falecidos tinham entre 20 e 49 anos, segundo a Procuradoria, que detalhou que as mortes ocorreram em lugares diferentes dessa cidade, situada 350 km a oeste de Caracas.

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As manifestações contra o presidente Nicolás Maduro, que completaram três meses neste sábado, já deixaram cerca de mil feridos e 3.500 detidos, de acordo com o Ministério Público e a ONG Foro Penal.

Neste sábado, cerca de mil opositores marcharam novamente para exigir eleições gerais que ponham fim ao mandato de Maduro, eleito até janeiro de 2019, e para apoiar a procuradora-geral, Luisa Ortega. Em meio aos protestos, essa chavista histórica se transformou em ferrenha adversária de Maduro.

Ortega assegura que ao menos 23 pessoas foram mortas por militares e policiais durante as manifestações, e denunciou detenções arbitrárias e torturas na “repressão” das protestas.

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* AFP