A procuradoria do Equador realizou nesta quarta-feira uma batida na sede do metrô de Quito, cuja construção está a cargo do consórcio Acciona-Odebrecht, como parte de uma investigação sobre o pagamento de subornos do grupo brasileiro a funcionários equatorianos.

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“A procuradora Thania Moreno informa que inicia a apreensão de computadores na Empresa Metro de Quito por #CasoOdebrecht”, comunicou o órgão no Twitter.

Odebrecht e a espanhola Acciona conquistaram em 2015 a obra da primeira linha do metrô de Quito, no valor de 1,538 bilhão de dólares, mas em abril passado o prefeito da cidade, Mauricio Rodas, autorizou “a reformulação do consórcio” mediante a saída do grupo brasileiro.

Mas em maio, a Odebrecht esclareceu que permanece no grupo e ratificou seu “compromisso em concluir as obras” do metrô.

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Na semana passada, a Justiça do Equador e a Odebrecht firmaram um acordo sobre o acesso a documentos e evidências para dar prosseguimento à investigação sobre o escândalo de corrupção.

Segundo o procurador Carlos Baca, o acordo permitiu “novas e fundamentais evidências” sobre o caso Odebrecht, que segundo o departamento americano de Justiça pagou entre 2007 e 2016 o total de 33,5 milhões de dólares em subornos a funcionários equatorianos.

Nesta quarta-feira, a Odebrecht pediu desculpas ao Equador e garantiu que “as empresas do grupo afastaram de suas operações no país todas as pessoas que incorreram em atos ilícitos”.

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A Odebrecht “pede desculpas à sociedade equatoriana por este grave erro, do qual se arrepente profundamente, e agradece a oportunidade de seguir colaborando com as autoridades na luta contra a corrupção”.

* AFP