Os servidores públicos de Florianópolis entram nesta quarta-feira no vigésimo-terceiro dia de greve. Paralisaram atividades, incluindo os serviços de saúde, em protesto político contra o pacote do prefeito Gean Loureiro (PMDB), mesmo depois de aprovados projetos de enxugamento da máquina pela Câmara e transformados em leis.
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Duas decisões da desembargadora Vera Copetti – de garantia de 50% dos servidores na saúde e depois o decreto de ilegalidade da greve com determinação de volta imediata ao trabalho – estão sendo afrontadas pelos diretores do Sintrasem e pelos servidores. Há oito dias, a magistrada vem sendo acintosamente ignorada pelos grevistas.
O Procurador Geral da prefeitura, Diogo Pitsica, diante do crime de desobediência, pediu a prisão dos diretores do sindicato, a destituição da diretoria e intervenção, para restabelecimento da ordem constitucional.
Diz em novo documento que a desobediência “desmoraliza o Poder Judiciário” e “pratica o repugnante crime de lesa Pátria”. E mais: “O presidente do sindicato desafia a autoridade do Tribunal de Justiça”.
Os sindicalistas e os servidores em greve foram longe de mais. Ou se cumpre as decisões judiciais ou estará implantada a anarquia em Santa Catarina.
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