A Procuradoria de Roma pediu nesta sexta-feira (9) uma condenação de 10 meses de prisão para a prefeita de Roma, Virginia Raggi, do partido antissistema Movimento 5 Estrelas, acusada de falso testemunho, o que poderá desencadear sua renúncia.

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Segundo o procurador Paolo Ielo, Raggi mentiu para a Autoridade Nacional Anticorrupção (ANAC) a propósito da nomeação do diretor de Turismo da capital, Renato Marra.

Graças a uma série de mensagens apresentadas se demonstra que a prefeita delegou totalmente a seu então braço direito, Raffaele Marra, atualmente em prisão domiciliar por corrupção, a nomeação de seu irmão, Renato Marra, o que gerou muitos questionamentos.

Após as alegações da defesa no sábado, o juiz deverá pronunciar seu veredito.

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Em caso de condenação, a prefeita não cumpriria a condenação na prisão, já que segundo a lei italiana, quando se trata de menos de dois anos, essa pena não é aplicada.

Entretanto, uma eventual condenação desataria uma crise política dentro da prefeitura, já que o Código de Conduta Interno do M5E prevê nesses casos, ainda por uma condenação em primeira instância, que a pessoa renuncie ao cargo.

“Respeitarei as regras”, adiantou a prefeita, ao ser interrogada sobre a possibilidade de uma decisão desfavorável.

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* AFP