Procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava-Jato denunciaram, nesta segunda-feira, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Duque sob a acusação de lavagem de dinheiro. A denúncia, segundo a Folha de S. Paulo, aponta que o crime foi praticado 24 vezes, entre abril de 2010 e dezembro de 2013, e totalizou R$ 2,4 milhões.

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Na denúncia, a Procuradoria pediu que os acusados sejam condenados a pagar uma restituição de R$ 2,4 milhões e uma indenização de R$ 4,8 milhões.

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Parte da propina paga para Duque por empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras teria sido direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude, a pedido de Vaccari Neto.

As empresas Setec e a SOG, do grupo Setal, teriam assinado dois contratos com a Gráfica Atitude para dar aparência lícita aos repasses. No entanto, a gráfica jamais teria prestado serviço às empresas.

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Até a manhã desta segunda-feira, a reportagem da Folha ainda não havia conseguido falar com Vaccari, Duque e representantes da gráfica. Em outras ocasiões, Vaccari negou qualquer irregularidade à frente da tesouraria do PT e a defesa de Duque disse que ele nunca praticou crimes na diretoria de Serviços da estatal.

Essa não foi a primeira vez que Duque e Vaccari foram denunciados durante a Lava-Jato. Em 16 de março, uma dia antes de a operação completar um ano, o ex-diretor da Petrobras e o ex-tesoureiro do PT integraram a lista de 27 pessoas denunciadas pelo MPF por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.