A Procuradoria Federal da Bélgica classificou de “assassinato terrorista” o ataque de terça-feira em Liege, no qual morreram duas policiais e um jovem de 22 anos, assim como o criminoso.
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“Os atos estão classificados como assassinato terrorista e tentativa de assassinato terrorista”, afirmou Wenke Roggen, porta-voz do Ministério Público, organismo responsável por investigar caso terrorismo.
“Os primeiros elementos da investigação apontam para um ‘modus operandi’ similar aos apelos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que em seus vídeos de propaganda pede ataques contra policiais com uma faca para a tomada de suas armas, como aconteceu em Liege”, disse a porta-voz.
O autor do ataque, identificado pelo MP como Benjamin H., um belga nascido em 1987, “gritou em várias ocasiões ‘Allahu Akbar'” (Alá é grande) e “esteve em contato com pessoas radicalizadas” em 2016 e no início de 2017.
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A Procuradoria Federal examina agora se o criminoso, que morreu na terça-feira em uma ação das forças de segurança, atuou sozinho e busca “determinar se as sus motivações eram ou não terroristas”, afirmou Roggen.
O MP explicou que o autor do ataque era fichado pela justiça desde que era menor de idade que já havia sido condenado por roubo com violência e consumo de entorpecentes, entre outros crimes comuns.
Benjamin H., 31 anos “também é suspeito de um assassinato cometido em On” na segunda-feira à noite, poucas horas depois de sair da prisão de Marche-en Famenne (sul) com uma permissão penitenciária que expirava às 19H30 de terça-feira.
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“As circunstâncias exatas dos fatos são objeto de uma investigação distinta”, completou a porta-voz da Procuradoria belga. De acordo com a imprensa local, o falecido era um viciado em drogas e foi vítima de marteladas.
* AFP