A Procuradoria peruana especializada em lavagem de dinheiro abriu nesta terça-feira uma investigação preliminar contra Keiko Fujimori, líder da opositora Força Popular, por receber supostas contribuições da empreiteira Odebrecht para sua campanha.
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“Fomos notificados do início de uma investigação preliminar, a mesma que apenas circunscreve a anotação [no celular de Marcelo Odebrecht] que vem do Brasil”, informou à imprensa Edward García Navarro, advogado de Keiko Fujimori.
Navarro sustentou que a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que está preso por violação dos direitos humanos, permanece “à disposição das diligências programadas pela Procuradoria”.
“Minha cliente reafirmará sua desvinculação total com o grupo Odebrecht ou qualquer outra de suas empresas ou funcionários”, assinalou o advogado.
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García Navarro acredita que este novo caso acabará arquivado. “Obviamente será arquivado porque a única coisa que a Procuradoria tem é a anotação [de Marcelo Odebrecht], nada mais”, afirmou.
As investigações do procurador sobre lavagem de dinheiro, Germán Atoche, que durarão oito meses, se baseiam em anotações no celular do empresário que se referiam a uma suposta entrega de dinheiro da Odebrecht a Keiko para sua campanha presidencial de 2011, segundo a imprensa.
Na segunda-feira, o Procurador da Nação, Pablo Sánchez, confirmou que o documento da anotação, enviado pelo Brasil, já estava nas mãos das autoridades encarregadas de investigar a lavagem de dinheiro no Peru.
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Este não é o único caso em que a ex-candidata à Presidência é investigada. No início do ano foi incluída no processo de Joaquín Ramírez, ex-congressista e ex-secretário-geral do partido fujimorista Força Popular, de quem suspeita-se ter lavado dinheiro e fraudado o fisco.
Além disso, Keiko Fujimori tem abertas duas investigações, por financiamento de suas campanhas eleitorais e supostas contribuições fantasmas em 2011.
* AFP