O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou nesta quarta-feira como uma “canalhice” a acusação feita pelo deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) de que a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio teria recebido R$ 280 mil do banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity.

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– A palavra mais gentil que eu posso encontrar para isso (…) é canalhice. Na verdade, não dá para ficar discutindo ou batendo boca com uma pessoa que está sendo investigada, uma pessoa em relação à qual pesam suspeitas gravíssimas e que, curiosamente, faz essas afirmações logo depois de, num inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), eu ter requerido uma série de diligências investigatórias – afirmou.

Para Gurgel, “parece que ele ficou extremamente preocupado com o que poderá ser o resultado dessas diligências requeridas e, então, reagiu dessa forma intolerável, inaceitável”. Queiroz sugeriu que o dinheiro teria sido dado para que Cláudia emitisse parecer ao STF favorável à quebra dos próprios sigilos telefônico, fiscal e bancário.

Ele fez as acusações no dia 9, durante uma palestra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de São Caetano do Sul, no Grande ABC (SP). O tema do encontro era “Os bastidores da Operação Satiagraha”. Queiroz afirmou também que Dantas, a quem chamou de “banqueiro bandido”, ofereceu US$ 20 milhões a um delegado da Polícia Federal (PF) e a cinco policiais, mas não citou nomes nem o motivo da oferta.

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