A procura por vacina contra a gripe no Dia D, que foi promovido no último sábado, foi significativa, mas não o bastante para atingir a meta de imunizar 90% da população prioritária, avalia a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC). Conforme a diretoria, 199,9 mil pessoas procuraram os postos de saúde ao longo do dia, elevando a cobertura vacinal do Estado de 17,83% — dados do dia 30 de abril — para 43,45%. Ao todo, 2 milhões de pessoas precisam tomar a vacina este ano. A campanha de vacinação começou em 10 de abril e segue até o dia 31 de maio.

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Entre os 10 grupos prioritários, o de mães que tiveram bebê até 45 dias lidera o percentual de imunização. Segundo a Dive/SC, 59,92% das mulheres nessa categoria já tomaram a vacina. Em seguida aparecem os idosos com 60 anos ou mais (55,57%), indígenas (47,68%), gestantes (44,46%) e crianças com idade entre seis meses a seis anos (44,42%).

Já o grupo com menor taxa de vacinação é o que reúne profissionais das forças de segurança e salvamento (12,97%) e detentos e demais população privada de liberdade além de agentes penitenciários (15,93%). Veja a lista completa abaixo.

(Foto: DC)

21 casos de gripe A já formam confirmados em SC

De acordo com o último boletim da Dive/SC, do início do ano até o dia 3 de maio de 2019 já foram confirmados 21 casos de influenza em Santa Catarina, sendo 16 pelo vírus A (H1N1), quatro pelo vírus A (H3N2) e um ainda está aguardando subtipagem.

Os municípios que apresentaram casos confirmados foram Florianópolis e Blumenau, com quatro casos cada; Itajaí, Joinville, Jaraguá do Sul e Tubarão, com dois casos cada; Criciúma, Maravilha, Palhoça, Pomerode e São José, com um caso cada.

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Dos 21 casos, 15 apresentaram algum fator de risco associado: cinco eram idosos (acima de 60 anos); dois eram crianças menores de dois anos; um é obeso e sete eram portadores de doenças crônicas.

Ao todo, três pessoas morreram em decorrência do vírus A (H1N1). Um homem, de 52 anos, morador de Tubarão; uma mulher, de 79 anos, moradora de Blumenau; e uma mulher, de 48 anos, moradora de Jaraguá do Sul. Os três apresentaram algum fator de risco para o agravamento da doença.

Em 2018, a Dive/SC contabilizou 461 casos da doença em todo o Estado, sendo que 59 terminaram na morte dos pacientes. Do total de óbitos, 49,2% foram de pessoas com mais de 60 anos de idade.

Histórico da circulação do vírus em SC

De acordo com a Dive/ SC, os meses entre janeiro e abril geralmente são períodos de baixa circulação do vírus influenza no Estado. Nesse período foram confirmados oito casos em 2012, 21 casos em 2013, sete casos em 2014 e seis casos em 2015. Já em 2016 foram confirmados 404 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, uma ocorrência atípica para esse tipo de vírus.

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Ainda conforme análise da Dive/SC, os meses de maio a agosto são períodos que, historicamente, há maior circulação do vírus influenza. A ocorrência de casos em 2016 acompanhou a tendência histórica. Em 2017, os números acompanham as tendências apresentadas até o ano de 2015 e, a partir de agosto, foi observada nova queda no número de casos pela diminuição da circulação do vírus.

Ano passado os números ficaram dentro do limite histórico esperado para o período, com um aumento concentrado a partir de junho. Já a partir de agosto, houve diminuição do número de casos. Em 2019, os casos estão dentro do esperado para o período.