O turismo de Balneário Camboriú começa a sentir os primeiros sinais da retração econômica e da instabilidade política no país. A constatação é da vice-presidente do sindicato dos hoteleiros, Dirce Fistarol, ao comparar as reservas para o feriadão de Tiradentes com as que foram feitas no ano passado.

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Em 2015, apesar do feriado ter caído numa terça-feira e a temperatura estar mais baixa do que agora, a ocupação chegou a 76%. Desta vez, apesar do calorão das últimas semanas e do recesso na sexta-feira, não passou de 68%.

O perfil médio dos hotéis de Balneário pode explicar a queda na demanda – a maioria tem como público-alvo a classe média, a mais afetada pela retração econômica no país. E a instabilidade política pós-aprovação do processo de impeachment não ajuda a melhorar o cenário. No fim das contas, saiu-se melhor quem conseguiu oferecer condições melhores aos hóspedes.

Entre os turistas que escolheram os hotéis para o feriado prolongado em Balneário, a maioria é do Paraná ou do interior do Estado. A expectativa é que, com o sol forte e as temperaturas nas alturas, mais gente se anime para vir ao Litoral e movimente as reservas de última hora. É essa a aposta do Convention & Visitors Bureau. Para o presidente, João Francisco Barão, as reservas de última hora são de praxe.

Apesar da queda no feriado, o mês ainda deverá terminar bem graças ao Congresso dos Gideões. O encontro de missionários evangélicos ocorre em Camboriú, mas é Balneário que tem reflexo na hotelaria. Esta semana as reservas para o evento chegaram perto dos 90%.

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