A grande demanda em hospitais de Itajaí e região surpreende profissionais e sobrecarrega os leitos de UTI. Nesta sexta-feira (24), 100% das vagas SUS para adultos estavam ocupadas no Litoral Norte, mostraram dados do governo do Estado. Para crianças, o cenário era semelhante: 80%.
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A NSC TV procurou nesta quinta-feira (23) as unidades de saúde que têm Pronto Atendimento pediátrico em Itajaí e Balneário Camboriú. Nas últimas duas semanas, em todos os locais dobrou o número de pacientes que chegam buscando assistência médica.
Os principais motivos são problemas respiratórios. No Hospital Pequeno Anjo, por exemplo, a procura foi tanta que mais 10 leitos de internação foram implantados em março. São 40 leitos para os pequenos e todos estão ocupados.
O diretor do hospital, Fábio de Oliveira, disse que nesta época do ano é comum o número de atendimento aumentar por conta da volta às aulas e do início do outono, mas que nunca o “boom” foi tão expressivo como agora.
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— A gente já esperava, mas não desse jeito — surpreende-se.
Além do hospital Pequeno Anjo, outro local onde as crianças são atendidas pelo SUS em Itajaí é no Centro Integrado de Saúde (CIS). Em janeiro, a média diária de crianças atendidas foi de 166 por dia. Neste momento está em 400, mais do que o dobro. Para atender essa demanda, houve uma ampliação do espaço.
No Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, todos os 10 leitos da pediatria estão ocupados. Conforme a última atualização enviada pela assessoria, dois pacientes que deveriam estar na internação permanecem no pronto-socorro por falta de vagas.
Por lá, além de sintomas respiratórios, tem muito paciente que chega com suspeita de apendicite. O Ruth Cardoso atende apenas pelo SUS. No hospital da Unimed, que atende pelo plano e também particular, a procura por atendimento pediátrico também dobrou neste mês. A média costuma ser de, no máximo, 120 atendimentos por dia. Em março está em 250 atendimentos diários.
O aumento significativo é acompanhado pelo governo do Estado, que confirmou que houve aumento no número de casos de doenças infecciosas virais, como dengue e doenças respiratórias, no caso das crianças. Com isso, as instituições de saúde se organizam para atender a grande demanda, que tem parte dela vista como “baixa prioridade”, conforme informou o órgão em nota. Assim, o governo orientou direcionar atendimentos também para Unidades Básicas de Saúde e UPAs.
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