O número de pessoas com sintomas gripais que procuraram atendimento de saúde em junho cresceu 7,2% em comparação com maio em Santa Catarina. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (23) pelo IBGE.
Continua depois da publicidade
Segundo o levantamento, o percentual de catarinenses com algum sintoma semelhante aos de gripe e covid-19 e que recorreu a algum estabelecimento de saúde no último mês subiu de 13,8% para 21% no mês de junho. Isso significa que 71 mil pessoas procuraram atendimento no último mês.
Com esse aumento na procura por estabelecimentos de saúde de moradores com sintomas, SC subiu 11 posições no ranking nacional em comparação com maio. O Estado tinha o terceiro menor número do país de pessoas que procuraram atendimento de saúde e agora ocupa a 13ª posição.
Entre pessoas com os chamados sintomas conjugados – grupos de sintomas mais associados à covid-19 – e que procuraram atendimento médico, o aumento foi ainda maior. O percentual passou de 33% para 67,8%.
Continua depois da publicidade
Em número de habitantes, isso significa que das 30 mil pessoas com sintomas conjugados em SC, 20 mil foram a um estabelecimento de saúde em junho. A alta na relação da procura desse grupo por hospitais e unidades de saúde foi a terceira maior do país.
> Segunda morte por coronavírus no sistema carcerário de SC é confirmada
O aumento do número de pessoas que procuram atendimento médico é divulgado no mês em que Santa Catarina enfrenta o momento mais crítico da pandemia até aqui. A situação desencadeou a adoção de novas medidas restritivas em regiões com risco gravíssimo de transmissão de covid-19. Atualmente, SC tem nove regiões nessa classificação de risco.
Até esta quinta-feira, o Estado tinha 62.282 casos confirmados do novo coronavírus e 812 mortes causadas pela doença.
> Número de PMs e bombeiros infectados por coronavírus em SC cresce mais de 100% em 15 dias
Número de catarinenses com plano de saúde diminuiu
A PNAD Contínua de junho também mostrou que o total de catarinenses com plano de saúde caiu de 30% para 25,8%. No total, 2,15 milhões de habitantes tinham convênio médico em maio, e apenas 1,84 milhão continuaram dispondo do serviço em junho – cerca de um quarto da população. A redução nesse indicador vem sendo atribuída por especialistas a fatores econômicos como a redução do emprego e a cortes necessários para as famílias durante a crise causada pela covid-19.
Continua depois da publicidade
A pesquisa também mostra que 31,5% dos domicílios catarinenses tinham pessoa idosa e 0,9% desses tinha algum morador com sintomas referenciados de covid-19.
> Como funciona cada teste para detectar coronavírus
Número de pessoas com sintomas também caiu
Apesar do aumento dos números de procura por atendimento médico, Santa Catarina ainda apresentou em junho o segundo menor percentual do país de pessoas com algum sintoma da síndrome gripal, de acordo com os números da PNAD Contínua.
No mês passado, 338 mil catarinenses apresentaram um ou mais sintomas, o equivalente a 4,7% da população do Estado. No mês anterior, SC tinha 8,1% da população com relatos de algum sintoma gripal.
Somente o Rio de Janeiro apresentou percentual menor que o catarinense. Entre os chamados sintomas conjugados, SC teve o menor indicador do país, com apenas 0,4% das pessoas relatando ter sentido esse grupo de sintomas.
Continua depois da publicidade
> Parar pesquisa sobre covid-19 no meio da pandemia será ‘mico histórico’, diz reitor da UFPel