A chegada do feriado de Carnaval causa ansiedade para quem vai cair na folia. Mas os dias de festa também merecem atenção nas relações de consumidor que o folião vai estabelecer. O mesmo vale também para quem prefere programas mais tranquilos, como viagens ou passeios.

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O Procon de Santa Catarina divulgou uma série de recomendações para evitar transtornos ou prejuízos ao consumidor em várias situações comuns neste período do Carnaval, como bailes e festas noturnas, compras no cartão, passagem aérea e transporte rodoviário.

Confira abaixo orientações para diferentes situações que podem ocorrer durante os dias de folga do Carnaval:

Compra de fantasias e abadás

Fazer pesquisa de preços, verificar as características da peça, como cor, tamanho, tecido e acessórios, e também a política de troca do estabelecimento. Exigir a nota fiscal para eventuais reclamações.

Ingressos para camarotes e bailes

Verificar os locais de venda para evitar risco de falsificações, guardar os comprovantes. Ao comprar pela internet, verificar se o endereço do site é iniciado com “https”, o que indica uma página mais segura. Conferir se a empresa disponibiliza canais de atendimento ao consumidor e se há informações como endereço físico e CNPJ. Salvar telas com oferta, comprovante de pagamento e demais dados da compra.

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Vale lembrar que há prazo de sete dias corridos, a contar da contratação ou do recebimento do produto ou serviço, para arrependimento e cancelamento da compra, independente de motivo, com a devolução dos valores já pagos. O cancelamento deve ser feito por escrito.

Pagamento com cartão de crédito ou débito

Ao fazer o pagamento por meio de cartão de débito ou crédito, a máquina deve estar visível para que o consumidor acompanhe a operação. O valor deve ser conferido antes de digitar a senha e o comprovante deve ser exigido e guardado. É importante conferir se o cartão devolvido é mesmo o seu.

Meia-entrada

O Estado de Santa Catarina garante a meia-entrada a estudantes matriculados em escola pública ou privada, de nível fundamental, médio ou superior, pessoas com deficiência e acompanhante e idosos (pessoas com 60 anos de idade ou mais). A regra vale para o ingresso a salas de cinema, teatros, espetáculos musicais e circenses e eventos educativos, esportivos e de lazer em todo o país.

Consumação mínima

Casas noturnas, bares e restaurantes podem cobrar um preço pela entrada no estabelecimento e pelo que efetivamente foi solicitado e consumido, sendo proibida a cobrança de consumação mínima.

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Multa por perda de comanda

Muitas casas noturnas e bares entregam ao consumidor, logo na entrada, uma comanda para anotação dos itens consumidos. Impor a cobrança de multa pela perda dessa comanda é considerada prática abusiva, já que a responsabilidade pelo controle é do fornecedor e não deve ser transferida ao consumidor.

Couvert e Couvert artístico

O couvert deve ser servido somente a pedido do consumidor, salvo se oferecido gratuitamente. O preço deve estar no cardápio. Caso seja servido sem consulta e aceite prévio, não poderá ser cobrado.

O couvert artístico pode ser cobrado pelo estabelecimento quando houver música ao vivo ou outra manifestação artística no local, desde que haja informação prévia. Esta deve constar em placas afixadas na entrada e no cardápio.

Taxa de serviço ou gorjeta

O pagamento da taxa de serviço (10%) ou gorjeta é opcional.

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Serviço de manobrista (valet)

O preço do serviço de manobrista (valet) deve ser informado de forma visível e o consumidor deve receber um comprovante com a identificação do veículo, a data e o horário de entrega.

Passagem aérea

Se o voo for cancelado ou atrasar, mesmo que por problemas de condições climáticas, as companhias aéreas devem prestar assistência aos consumidores:

– No caso de atrasos de uma hora, o consumidor tem direito à utilização de canais de comunicação, como internet e telefone. Em atrasos de duas horas, a empresa deve oferecer alimentação adequada. Nos atrasos superiores a quatro horas, o consumidor tem direito a serviço de hospedagem, em caso de pernoite e translado.

– Informação prévia quanto ao cancelamento do voo nos canais de atendimento disponíveis das companhias aéreas.

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– Viajar, tendo prioridade no próximo embarque da companhia aérea com o mesmo destino;

– Ser direcionado para outra companhia (sem custo);

– Receber de volta a quantia paga ou, ainda, hospedar-se em hotel por conta da empresa.

– Se o consumidor estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto.

– Ressarcimento ou abatimento proporcional no caso de ocorrer algum dano material devido ao atraso como, por exemplo, perda de diárias, passeios e conexões.

– Pedir reparação junto ao Judiciário se entender que o atraso lhe causou algum dano moral (não chegou a tempo a uma reunião de trabalho, casamento etc).

– Todas estas possibilidades devem ser garantidas sem prejuízo do acesso gratuito à alimentação, utilização de meios de comunicação, transporte.

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– O consumidor deve guardar o comprovante de eventuais gastos que teve em decorrência do atraso ou cancelamento, como chamadas telefônicas, refeições, hospedagem, entre outras.

Overbooking

Caso ocorra a venda de mais passagens do que o número de poltronas disponíveis, a empresa é obrigada a acomodar o passageiro em outro voo, arcando com as despesas relativas a refeições, telefonemas, transportes e acomodações ou, ainda, reembolsá-lo. A empresa aérea também deve efetuar o pagamento de uma compensação financeira ao passageiro.

Bagagens aéreas

– As companhias podem estipular a quantidade de volumes e respectivas dimensões da bagagem de mão. Recomenda-se transportar objetos de valor e documentos na bagagem de mão.

– Nas viagens internacionais, por medida de segurança, existem algumas restrições quanto a bagagem de mão e pertences pessoais.

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– As bagagens despachadas podem ser cobradas e cada empresa aérea define suas regras e valores. Alguns tipos de bagagem, obrigatoriamente, devem ser despachados. Após o check-in, a empresa aérea torna-se responsável pela mesma e deve indenizar em caso de extravio ou danos.

Transporte rodoviário

No caso de interrupção ou atrasos, o passageiro deste tipo de transporte também tem direito à informação prévia e à assistência:

– Quando o atraso for superior a uma hora, o consumidor poderá exigir o embarque em outra empresa que preste serviço equivalente e para mesmo destino ou a restituição imediata do valor do bilhete. Se transportado em veículo de características inferiores às daquele contratado, deverá receber a diferença do preço da passagem;

– Nos atrasos superiores a três horas, a empresa de ônibus terá de oferecer alimentação aos passageiros.

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– Se a viagem não puder continuar no mesmo dia, terá de pagar também a hospedagem do consumidor.

– A passagem tem validade de um ano, a partir da data de emissão. Caso queira ou precise, o consumidor poderá remarcar a passagem, desde que esteja dentro do prazo de validade.

Bagagens no transporte rodoviário

O consumidor deve identificar as bagagens com seus dados e guardar a etiqueta que a identifica. Recomenda-se levar documentos pessoais e objetos de valor na bagagem de mão. O limite de peso é de 30 kg para o bagageiro e de 5 kg para a bagagem de mão.

Hospedagem

Antes de escolher em que estabelecimento se hospedar, é recomendável que o consumidor procure obter o máximo de informações sobre o local: acomodações, serviços oferecidos, localização, horários de início e término da diária etc. Todas as condições estabelecidas e oferecidas devem estar documentadas e o consumidor deve guardá-las.

Pacotes de turismo

A oferta em sites, anúncios e folhetos deve conter informações claras e precisas referentes à viagem: valores cobrados nas partes aérea e terrestre, categoria das passagens, taxas de embarque, tipos de acomodação (quarto duplo, individual), traslados, refeições oferecidas, guias, número exato de dias e, por fim, despesas extras. No contrato deve constar tudo o que foi acertado verbalmente e oferecido pela empresa.

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* Com informações da assessoria de imprensa do Procon de Santa Catarina