O Governo do Brasil e a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) assinaram, na última sexta-feira (1º), um acordo para garantir a redução no preço do diesel que chega aos consumidores.
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De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, os postos que não baixarem o valor do combustível podem receber multas de até R$ 9,4 milhões. Outras sanções possíveis são suspensão temporária das atividades, interdição dos estabelecimentos e até mesmo cassação da licença.
No domingo (03), fiscais do Procon de Florianópolis estiveram em seis postos da região de Ingleses e Rio Vermelho, na região Norte e puderam verificar que não havia abuso de preços da gasolina de acordo com as notas de aquisição. Alguns postos no momento das visitas estavam fechados aguardando os caminhões de combustível.
Em outros estabelecimentos foi notado que o diesel ainda não era vendido com os R$ 0,46 de redução, pois as notas fiscais que são emitidas pelas distribuidoras não chegaram com essa diferença. A referência tem que ser em relação aos valores praticados no dia 21 de maio. Se naquela data o valor por litro era 3,46 reais, o diesel tem que ser vendido por 3,00 reais.
Os agentes do Procon também estiveram na Ceasa/SC. O objetivo era obter informações referente aos alimentos comercializados após a manifestação dos caminhoneiros. Durante a fiscalização foram solicitados documentos para a análise de possível elevação do preço dos produtos, porém os comércios não estavam praticando preços irregulares.
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Ainda falta diesel e etanol em postos, diz sindicato
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), Lurran Nascimento de Souza, ao menos 90% dos postos da Grande Florianópolis tem gasolina disponível. Diesel e etanol ainda estão em falta em grande parte dos estabelecimentos, informou o sindicalista.
– Os postos aguardavam o desconto prometido pelo governo e por isso não compraram o diesel para evitar ter que repassar o valor integral aos consumidores. Em relação ao etanol há um entrave logístico. Acredito que até quinta-feira a situação esteja normalizada – explica o dirigente.
Segundo Souza, o fim de semana foi de poucas filas principalmente nos postos da região central e continental de Florianópolis. A situação se repetiu nos municípios da Região Metropolitana. O problema está nos postos que ficam no extremo da ilha, que tem enfrentado dificuldade para receber grandes cargas. Conforme Souza, a situação tende a se normalizar no decorrer da semana.
A mesma situação é verificada ao redor do Estado. De acordo com o Sindipetro/SC, entidade que representa os estabelecimentos em Santa Catarina, a maioria dos postos estão com combustível, principalmente gasolina. Só há problemas de distribuição em locais de difícil acesso. Há problemas para quem buscar etanol e diesel, mas essa situação deve se normalizar dentro de 72 horas, informou a assessoria de imprensa do sindicato.
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