O Procon de Florianópolis constatou cinco irregularidades na venda de peixe em restaurantes e supermercados. Produtos foram coletados em 20 estabelecimentos da cidade, submetidos a exames de DNA (para verificar se a espécie era a mesma ofertada) em um laboratório de Minas Gerais.

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Também foi conferido se pescados congelados não tinham excesso de água. A irregularidade considerada mais grave foi a substituição de espécies, onde o peixe vendido é diferente do ofertado. Segundo o diretor do Procon, Michael da Silva, a escolha dos locais fiscalizados foi, em geral, aleatória.

Em um restaurante, o fiscal do Procon foi enviado à paisana para consumir um prato à base de garoupa. No laboratório, uma amostra do prato mostrou que se tratava, de fato, da espécie cherne. Em outro restaurante a troca foi entre panga e linguado. Estabelecimentos flagrados poderão ser multados com valores entre R$ 600 e R$ 3 milhões, dependendo do faturamento da empresa.

O secretário-adjunto municipal de pesca, Thiago Bolan Frigo, explica que a substituição de espécies de peixe é uma prática comum no Sudeste e já havia estudos universitários constatando essa prática. Florianópolis é a primeira cidade do Brasil a fazer esse tipo de fiscalização, o que pode dar alguma segurança ao consumidor.

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O diretor do Procon explica que normalmente o consumidor não pode fazer nada, já que é difícil provar de que espécie é o peixe vendido sem um exame de DNA.

– Nós temos quatro reclamações do gênero, só que é difícil para nós, leigos, afirmar que espécie está ali no prato. O consumidor fica órfão – disse Michael.

Ele explica que a fiscalização continua e mais 10 lugares da cidade devem ter seus produtos enviados para exame de DNA.

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