Atualizar o Código de Defesa do Consumidor é um dos caminhos para alcançar um ambiente de consumo mais amigável no país, mas não o único. Conforme a coordenadora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Elici Bueno, a postura branda de parte das agências reguladoras acaba estimulando os casos de desrespeito aos clientes.

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– As agências editam normas que ferem diretamente o código, como a recente permissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contas de luz pré-pagas, que na prática podem levar as distribuidoras a cortar energia de clientes a qualquer momento, o que é proibido – analisa Elici.

Não é à tona que os serviços de telefonia fixa e celular estão entre os três principais motivos que levaram os consumidores aos Procons do país no ano passado.

Quem vende os aparelhos também tem destaque no ranking dos Procons. Os celulares são o sexto motivo que mais levou consumidores a reclamar em 2013.

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Ávido para ter em mãos o último modelo do smartphone Samsung Galaxy, o analista de sistemas Adriano Barbosa Nunes disparou até a loja de uma operadora em novembro, comprou o modelo S4G4 e colocou um plano de dados. Para sua decepção, dois meses depois, o aparelho travou e teve que ir a conserto. Buscou o celular, e três dias após o problema voltou a ocorrer. Adriano pediu à assistência técnica um smartphone novo. Não levou. Quando o telefone estragou pela terceira vez, disse que só voltaria quando trocassem por um modelo mais atualizado. Por ora, usa um aparelho que guardava no fundo da gaveta.

O que diz a Samsung

A Samsung informou que já fez contato com o consumidor e prestou todos os esclarecimentos necessários.

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