Ano passado Eduardo Pereira Walter Filho, 64 anos, descobriu que tinha diabetes e desde então precisa tomar 60 pílulas mensais de Metilformina 850mg. O remédio, que serve para facilitar a produção de insulina, é distribuído na rede municipal de saúde gratuitamente, mas, desde janeiro, problemas começaram a acontecer na distribuição.

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Eduardo foi pegar o remédio no posto da Caeira da Barra do Sul, onde mora, em janeiro e foi informado que não havia mais nada em estoque. Teve que ir até a unidade de saúde do Ribeirão da Ilha. Em fevereiro, o problema se repetiu, só que maior:

– Fui no da Caeira, não tinha. Depois tentei no do Ribeirão da Ilha, Costeira e Saco dos Limões, onde só tinha 30, das 60 pílulas que eu preciso – conta Eduardo.

Eduardo considera que a Metilformina não é cara (cerca de R$ 12, as 60 pílulas), mas não gostou de ter que passar tanto trabalho para sequer conseguir o medicamento. Ele relembra da campanha política, quando prometeram “remédio em casa” e agora não consegue nem se buscar no posto de saúde.

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A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informa que o programa remédio em casa já está em prática, mas é voltado somente para pessoas com dificuldades de locomoção ou que não possam ir constatemente aos postos de saúde buscar a medicação.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde reconhece que a Metilformina está em falta em várias unidades de saúde da cidade e explica que o fornecedor atrasou a entrega. Segundo nota entregue à imprensa, o setor jurídico da prefeitura já foi avisado para ver se é possível penalizar a empresa pelos problemas. O mesmo documento informa que o medicamento pode chegar a qualquer momento.