O episódio da fresta na porta do avião que trouxe a delegação do Corinthians de Dubai (EAU) até o Japão, na última quinta-feira, segue vivo na retina dos jogadores e mexeu com a cabeça de um dos principais representantes do elenco alvinegro. O volante Paulinho deixou claro na manhã desta segunda-feira (madrugada no Brasil) que o momento de pânico traumatizou.
Continua depois da publicidade
– Passamos por tudo. Falando do avião…putz, é um assunto complicado, não quero nem pensar e nem comentar sobre isso. Tive medo demais, não quero falar sobre esse assunto – pediu.
– Assim que cheguei aqui (no Japão) liguei para minha esposa para explicar que eu estava bem porque ela iria ver na internet,. Ela ficou meio assustada com o que aconteceu, mas graças a Deus estamos bem – completou o camisa 8.
Fábio Santos, que também concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (madrugada no Brasil), foi outro que não escondeu sua perturbação com o assunto.
– Aqui (no Corinthians) as coisas são mais complicadas mesmo, aquela coisa tudo bonitinha não tem muita graça. Poderia ter acontecido com os outros, não com os jogadores (risos), essa coisa de terremoto, esse frio todo, mas esperamos passar por todos esses obstáculos e comemorar com aqueles que estão aqui e no Brasil – afirmou o camisa 6.
Continua depois da publicidade
O lateral-esquerdo relatou, em detalhes, como ocorreu o problema na aeronave e tudo que foi feito posteriormente pelas aeromoças.
– Eu estava dormindo e acordei com o Edenílson, atirando aquele tapa-olho no meu rosto e dizendo: “Pô, a porta abriu”. Aí, comecei a ver o desespero das aeromoças, depois a hora que eu vi o Julio Cesar, que é o mais fervoroso evangélico do nosso time, abafado e nervoso, eu disse: “Ferrou tudo”. Se ele está assim… O susto foi grande. Eles tentaram acalmar a gente, depois daquilo não dormimos mais. Foi no início, sobraram “só” sete horas de reza (risos). Aquela correria foi rápida, de cinco minutos, de a aeromoça tentar tampar com a almofada. Ninguém falava inglês, ninguém podia levantar para chamar alguém e pedir ajuda, essa agonia demorou uns cinco minutos – relatou.