Santa Catarina traça um plano de contingência para a possível chegada de uma nuvem de gafanhotos. Nesta quinta-feira (25), o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária no Estado e no Rio de Grande do Sul. Conforme o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC, Ricardo Miotto, é pequena a chance de que os insetos cheguem ao território catarinense.
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— Monitoramento e vigilância são fundamentais, estamos todos alertas, em especial no extremo-oeste. Estamos traçando um plano de contingência. Mas é muito pouco provável, em função das questões meteorológicas e dos estudos disponíveis, é baixíssima a probabilidade. Mas estamos preparados e o momento exige atenção — garante o secretário adjunto.
Ouça a entrevista com Ricardo Miotto:
A movimentação da nuvem de gafanhotos é afetada pelas condições meteorológicas. Estudos apontam que os insetos devem seguir para o Uruguai. Ainda assim, a secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural realizou uma reunião com a Defesa Civil, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) para definir protocolos.
— Essa praga se alimenta de qualquer tipo de vegetal. O extremo-oeste, que seria em tese a primeira região afetada, está em entressafra. As pastagens estão em desenvolvimento e podem ser atingidas. A praga se alimenta de vegetais, hortaliças, tudo que vem pela frente. Se a nuvem chegar, há risco de danos na estrutura produtiva da região — avalia Ricardo Miotto.
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Temperatura e circulação dos ventos são alguns dos fatores que afetam a ocorrência e o deslocamento da nuvem de gafanhotos. O clima mais quente favorece o surgimento do fenômeno. A espécia do gafanhoto está presente no Brasil desde o século 19 e causou perdas às lavouras de arroz na Região Sul do país entre 1930 a 1940.