O senador Dalírio Beber (PSDB), que coordena o Fórum Parlamentar Catarinense em Brasília, reconhece a urgência das obras de duplicação da BR-280 para o crescimento econômico da região e também para a queda no número de acidentes na rodovia, mas ressalta que agora, “nesse tumulto todo que atravessa o País”, o jeito é aguardar.

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Beber destaca que o fórum esteve em Jaraguá do Sul no início de março para ouvir as reivindicações de prefeitos e lideranças locais.

– A duplicação é uma reivindicação antiga. Todos sabem que temos um parque industrial de muita força na região e que rodovias como a BR-280 e a BR-470 são primordiais para o escoamento da produção até os portos. O que queremos é restabelecer um cronograma de trabalho para dar andamento às obras de duplicação – afirma.

Beber diz também que o governo deve conceder (privatizar) algumas rodovias federais de Santa Catarina no segundo semestre deste ano e, entre elas, está a BR-280. Com a escassez de verbas nos cofres públicos, talvez esta seja a solução mais viável para acelerar as obras na rodovia.

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Os estudos sobre a concessão anunciados no ano passado devem ficar prontos neste mês de maio e as audiências públicas serão realizadas entre julho e agosto. Existe a possibilidade de o leilão ocorrer em outubro.

O prefeito de São Francisco do Sul, Luiz Zera, concorda que a privatização talvez seja a única solução para acelerar a obra.

– Há algum tempo, solicitei autorização para outorga de créditos de ICMS para as empresas locais poderem investir na rodovia – cerca de R$ 1 milhão -, que seria o custo do recapeamento e revitalização da BR-280 até trecho da SC-415, mas nunca houve qualquer resposta. Não queremos mais que o nosso município e nenhum outro sejam capa de jornal com uma triste notícia de acidente causado pelas péssimas condições da estrada. Estamos lutando pela conservação da rodovia, mas o governo federal tem que se comprometer conosco – ressalta.

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Para o prefeito de Guaramirim, Lauro Fröhlich, a duplicação da BR-280 daria às empresas melhores condições para o escoamento da produção local, garantindo várias parcerias, mais empregos e crescimento.

– A economia da região foi deixada em segundo plano com a demora na duplicação. Para nós, isso é motivo de grande tristeza e decepção – afirma Fröhlich.

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