As prisões preventivas de Douglas Borba e Leandro Barros, na investigação sobre a compra de respiradores pelo Estado de Santa Catarina, foi para a preservação de provas. A informação é do promotor de Justiça Maurício Medina, coordenador da força-tarefa que deflagrou a segunda fase de Operação O² na manhã deste sábado (6).
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– As prisões foram necessárias como forma de garantir o efetivo esclarecimento dos fatos, uma vez que havia indícios que os investigados vinham destruindo provas, elementos importantíssimos para que todo esse conjunto de fatos fosse esclarecido – explica o coordenador da força-tarefa.
O ex-secretário da Casa Civil Douglas Borba e o advogado Leandro Barros foram levados para a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na manhã deste sábado, onde ficarão detidos pelo próximos dias.
Outras duas pessoas foram presas fora de Santa Catarina, e dois investigados não foram encontrados. Esses mandados de prisão foram expedidos para o Rio de Janeiro e São Paulo. Conforme Medina, outro elemento que embasou a autorização das prisões por parte da Justiça foi a necessidade de preservar a lisura da investigação.
– Também fundamenta a prisão a gravidade dos crimes que foram praticados, a fim de impedir que esse grupo de pessoas continue atuando, pois possuem negócios em outros estados, e poderiam continuar lesando os cofres públicos com a sua atuação – explica, em relação à empresa Veigamed.
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Os valores pagos pelo estado de Santa Catarina pela compra dos respiradores ainda não foram integralmente recuperados, outro motivo para que a prisão fosse necessária, segundo Medina. Até o momento, a investigação conseguiu recuperar quase R$ 12 milhões dos R$ 33 milhões pagos pelos 200 aparelhos.
Conversas por celular entre investigados, que poderiam demonstrar os vínculos existentes entre eles, também foram apagadas. Agora, com novos elementos à disposição, a investigação quer individualizar as condutas dos envolvidos para identificar a responsabilidade de cada um na compra dos equipamentos.
Estado se posiciona
O Governo do Estado se posicionou no final da manhã deste sábado sobre a segunda fase da Operação O². Em nota, declarou que “apoia e colabora com todas as investigações necessárias para apurar eventuais irregularidades no processo de compra dos respiradores”.
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