Paulo Prisco Paraíso não voltará ao Figueirense. A informação foi confirmada no final da manhã desta terça-feira (21) em nota divulgada pela assessoria da empresa. De acordo com a publicação, como não houve evolução na discussão do contrato e o grupo está ciente que há correntes contrárias dentro do clube, o momento era de encerrar as negociações.

Continua depois da publicidade

O grupo de Prisco foi procurado por Francisco de Assis Filho, presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, em setembro do ano passado, para ajudar na recuperação do clube na retomada após a saída da Elephant. A partir dali, houve conversas, principalmente após a confirmação da permanência na Série B de 2020.

Depois de diversas reuniões, a ideia era de os empresários assinarem o contrato e já de forma imediata entrarem no mercado já com autorização do clube para fazer um trabalho que não ficaria exclusivo ao futebol, mas também envolveria a administração em um período de um ano.

Na sequência do processo, o objetivo era de apresentar um plano de negócios para o clube com a presença de membros da empresa gestora, mas tudo seria analisado pelo Conselho Deliberativo.

A nota diz que não houve evolução nas tratativas e também que os empresários sabem que existem correntes contrárias dentro do clube para este método. Assim, entende que o negócio não pode ser feito e assim encerra as conversas.

Continua depois da publicidade

“Não havendo evolução na discussão do contrato e ciente de correntes contrárias de alguns conselheiros e ex-dirigentes que estão auxiliando o presidente Francisco neste momento de transição e tiveram acesso ao teor das ideias que vinham sendo discutidas, o processo de debate envolvendo este grupo e o futuro do Figueirense Futebol Clube acabou sendo inviabilizado”, diz a nota.

Apesar do negócio não seguir, a empresa comandada por Paulo Prisco Paraíso agradece ao presidente do conselho, Francisco de Assis Filho, "pela forma cordial como tratou durante as reuniões" e ao mesmo tempo deseja todo sucesso para o clube.

O presidente Francisco de Assis Filho disse à reportagem, no final da manhã, que ainda não havia lido o comunicado e se manifestaria assim que tomasse conhecimento do conteúdo. Na noite de segunda-feira (20), durante o lançamento do Campeonato Catarinense, Chiquinho disse que Prisco não havia, ainda, descartado as negociações, mas alegava dificuldades pessoais.

Confira o comunicado

O grupo de ex-acionistas da Figueirense Participações, capitaneados pelos ex-presidentes do Figueirense Futebol Clube, Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraiso, e Norton Flores Boppré, vem a público externar sua posição com relação a um possível retorno aos quadros institucionais do Clube.

Continua depois da publicidade

1 – Procurado pelo Presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, em setembro de 2019, este grupo aceitou reunir-se e contribuir, de forma imediata, com sugestões administrativas e indicações de profissionais para composição do departamento de futebol visando auxiliar na recuperação do time na Série B do Campeonato Brasileiro;

2 – Após o encerramento da competição e com o objetivo alcançado de evitar-se um rebaixamento à Série C, o que seria um enorme retrocesso, fomos novamente procurados pelo Presidente Francisco para iniciar um diálogo mais amplo, visando um envolvimento maior na construção de uma estratégia que buscava a recuperação administrativa, financeira e técnica do Clube;

3 – Após diversos encontros, as partes definiram que o primeiro passo seria a assinatura de um contrato que permitisse ao grupo manifestar-se no mercado oficialmente em nome do Clube, além de ter acesso a informações administrativas, contábeis, financeiras e jurídicas, uma vez que as mesmas seriam essenciais para um diagnóstico completo do atual momento da instituição. O referido contrato teria como intuito uma consultoria à presidência do Figueirense Futebol Clube não somente na âmbito esportivo, mas também na gestão dos ativos e passivos, sem exclusividade, com um período estipulado de 01 (um) ano, além de ter a opção de rescisão, por ambas as partes, através de notificação simples com aviso prévio de 30 (trinta) dias;

4 – Posteriormente ao diagnóstico, o objetivo seria a apresentação de um plano de negócios para o Clube, a ser analisado e validado pelo Conselho Deliberativo, e a proposição de soluções estratégicas e administrativas, tendo como possibilidade a participação de membros deste grupo na gestão, algo que também seria discutido no âmbito do Conselho Deliberativo;

Continua depois da publicidade

5 – Não havendo evolução na discussão do contrato e ciente de correntes contrárias de alguns conselheiros e ex-dirigentes que estão auxiliando o presidente Francisco neste momento de transição e tiveram acesso ao teor das ideias que vinham sendo discutidas, o processo de debate envolvendo este grupo e o futuro do Figueirense Futebol Clube acabou sendo inviabilizado.

6 – Gostaríamos de publicamente agradecer ao Presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, pela maneira cordial com a qual conduziu nossos contatos, e aproveitamos para desejar sucesso aos poderes constituídos do Clube neste importante momento de sua quase centenária história. Por fim, deixamos um agradecimento especial à grande nação alvinegra, que nos últimos dias manifestou-se incansavelmente e positivamente em relação aos integrantes deste grupo.

Saudações Alvinegras,

Gustavo Neves

Assessor de Imprensa