SC precisa reforçar controle nas propriedades produtoras para garantir selo internacional de qualidade de carne suína e, assim, criar condições de liderar o processo de ampliação das vendas de carnes brasileiras no mercado mundial.
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A sinalização do recebimento de um selo internacional de região livre de peste suína clássica precisa ser vista como a grande chave catarinense para sedimentar o comércio de carnes no Exterior – o resultado será divulgado em maio de 2015. Essencial para a ampliação de mercados, se obtido, este selo é resultado de uma política agressiva de vigilância sanitária adotada há pelo menos duas décadas e que jamais deve ser abandonada, sob o risco de retrocesso.
Com a dificuldade de monitorar os inúmeros acessos ao Estado, principalmente por estradas vicinais, o governo catarinense tem a obrigação de reforçar a fiscalização nas 12 mil propriedades criadoras para manter afastado qualquer tipo de risco, já que apenas a Região Sul do país tem a condição de livre de peste suína dada pelo Ministério da Agricultura brasileiro. Para isso, precisa reforçar ou pelo menos manter as equipes sanitárias. Hoje o Estado conta com 471 pessoas no trabalho de fiscalização. São 231 veterinários e 70 agrônomos ligados à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), além de 70 veterinários do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa) que auxiliam na tarefa.
O status de livre de peste suína já atribuído pelo governo federal favorece o acesso da carne de porco aos mercados mais competitivos do mundo, mas ainda é insuficiente para garantir estabilidade às exportações para países como a Rússia, que se agarra a todo tipo de informação para fazer e desfazer contratos. Portanto, garantir todas as condições para a obtenção do selo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) tem de ser tratado como prioridade para o incremento da cadeia produtiva e avanço nas exportações. A carne de porco é a mais consumida no planeta, numa proporção equivalente ao dobro da bovina, mas o Brasil detém inexpressivos 2,7% da produção mundial e menos de 2% das vendas. SC precisa tomar a dianteira na ampliação desses números para atingir mercados como Japão e China, outros grandes consumidores. O resultado seria fundamental para a economia local e para consolidar o Estado como referência mundial na produção de carnes.
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