O principal líder religioso xiita do Iraque, o aitaolá Ali al Sistani, abraçou a causa da luta lançada pelo governo contra a negligência e a corrupção no país.
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Sistani, venerado por milhões de iraquianos, defendeu as reformas propostas pelo primeiro-minsitro Haider al Abadi e seu apoio calou os opositores, que preferem não contrariar a principal autoridade religiosa do país.
Ele se uniu assim às inúmeras manifestações realizadas em Bagdá e no sul do país contra a corrupção dos políticos.
“A paciência de muitos iraquianos se esgotou e eles se manifestam contra as condições miseráveis do país. Querem melhorias”, afirma o aiatolá Sistani em uma carta em que respondeu a perguntas da AFP.
Na carta, o aiatolá diz que a Marjaiya, a principal autoridade religiosa xiita do país, afirmou que é o momento de empreender reformas.
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Em 7 de agosto, depois de uma série de manifestações, o aiatolá pediu “medidas drásticas” contra a corrupção, que o primeiro-ministro anunciou dois dias depois e foram aprovadas com uma rapidez assombrosa pelo parlamento.
O aiatolá, que vive recluso, poucas vezes intervém na vida política do país, mas quando sai de seu silêncio tem grande influência.
* AFP