O personal stylist Arlindo Grund, apresentador de TV e autor do livro “Nada para vestir”, comanda nesta quinta-feira à noite um bate-papo no Balneário Shopping. Ele é convidado especial do Elas Balneário, evento que celebra a semana da mulher.

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Nesta entrevista, Arlindo fala sobre moda e alerta: é hora de consumir com consciência.

Qual o principal erro fashion da mulher brasileira?

Usar uma roupa que não é do tamanho dela. Menor, geralmente. Quando a pessoa está acima do peso, às vezes usa um tamanho maior para tentar se esconder atrás do tecido. Mas a grande maioria usa tamanho menor achando que a roupa vai ter efeito de cinta compressora. A ausência de estilo, a falta de criatividade, até não me incomodam. Mas isso sim, porque é uma questão de matemática.

É preciso gastar muito para se vestir bem?

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Se a pessoa quer uma roupa de qualidade, que ela possa passar para as próximas gerações, sim. São roupas que têm um tecido bom, um caimento bom, e isso influencia no preço. Agora, se ela não está preocupa com um acabamento de qualidade, é possível se vestir bem pagando pouco. É claro que um blazer de R$ 90 vai ser diferente de um de R$ 900. Pode até ser o mesmo blazer, mas vai ter diferença de modelagem, de tecido.

Como você vê os movimentos que incentivam as pessoas a repensar o consumismo?

Sempre falo que tem que haver um consumo consciente. Se a pessoa vai à liquidação e compra uma peça que não vai usar, ela sai caro. Por isso é importante que ela se pergunte _ tem a ver com o meu estilo, vou usar? Pode-se usar o que se quer de que haja bom senso, consciência do próprio corpo e do estilo.

Tem percebido influência do momento conturbado do país na moda?

Totalmente. No São Paulo Fashion Week vimos algumas marcas deixando de se apresentar, coleções sendo lançadas e elas já disponíveis nas lojas. É um momento muito atípico. No Brasil as peças já eram muito caras… fui à Zara, em um shopping de São Paulo, e só havia 10 pessoas lá dentro. Fiquei impressionado. É claro que o momento que vivemos acaba influenciando em tudo, tudo está mais caro, e quem paga o preço somos nós, o consumidor final.

Essa interferência passa pela criação?

No material final sim, mas na criação não propriamente. Vai caber aos estilistas saber adequar as criações.

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