A empresa japonesa Mt. Gox, principal plataforma de câmbio de bitcoin, teria decretado falência nesta terça-feira. Um documento divulgado em conjunto por Coinbase, Circle, Blockchain e Payward – outras quatro importantes casas de câmbio da moeda virtual – afirma que a Mt. Gox teria sofrido um roubo de cerca de 744 mil bitcoins há alguns anos, o que não foi informado. O valor corresponderia a cerca de 6% dos 12,4 milhões de bitcoins que circulam atualmente no mercado financeiro. As informações foram divulgadas pelo jornal The New York Times.
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A cotação do bitcoin na plataforma japonesa MtGox caiu nesta terça-feira a um quarto do valor que tem nos demais sites, minutos antes de a página da internet desta empresa de Tóquio ficar inoperante. Os detentores de bitcoins seguiam sem poder recuperar seus bens em moeda virtual mais de duas semanas depois da suspensão das transações no MtGox. Na semana passada, a plataforma de Tóquio onde esta moeda é negociada havia prometido que em breve tudo voltaria ao normal.
No entanto, nesta terça-feira às 14h locais (2h de Brasília) os usuários do site www.mtgox.com se depararam com a desagradável surpresa de uma página em branco. “Não podemos fazer nada”, havia prevenido a Agência de Serviços Financeiros japonesa, que regula as transações entre instituições financeiras como bancos, seguradoras e casas de corretagem.
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Os usuários estão cada vez mais inquietos desde que a MtGox, uma das plataformas mais antigas e importantes de troca de bitcoins, suspendeu a possibilidade de retirar esta divisa no dia 7 de fevereiro. A empresa alegou uma falha técnica.
Desde então, o valor do bitcoin na MtGox afundou. Nesta terça-feira ao meio-dia local (00h00 de Brasília) valia US$ 135, contra os US$ 522 do índice CoinDesk, que reúne o valor desta moeda virtual nas principais plataformas mundiais. Em janeiro, um bitcoin era negociado a mais de US$ 900 na MtGox.
O bitcoin é o principal valor do movimento das moedas virtuais. Se baseia em um código informático programado há cinco anos por um ou vários indivíduos, cuja identidade é desconhecida. Ao contrário das moedas tradicionais, como o iene, o euro ou o dólar, o bitcoin não é apoiado por um banco central ou um governo.