O período de negociações de reajuste salarial começou em fevereiro e se estenderá pelos próximos meses para os principais sindicatos de Joinville. Apesar de mais um ano de crise econômica, a maioria das categorias está com boas expectativas para as rodadas de discussão com os sindicatos patronais. O objetivo é conseguir pelo menos a reposição da inflação e aquilo que for possível de ganho real.

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Joinville (Sinditex) é o único que já teve a negociação encerrada e um acordo firmado com o sindicato patronal. No último dia 25, cerca de 280 trabalhadores se reuniram em uma assembleia geral extraordinária e aprovaram a proposta de reposição da inflação do período (5,44%), mais aumento real de 0,26%. Além disso, o piso salarial único sofreu reajuste de 8%, subindo para R$ 1.276 mensais (R$ 5,80 por hora).

– A negociação neste ano foi complicada, mas o pessoal ficou satisfeito no final. Acho que, dificilmente, daqui para frente neste ano, alguma categoria em Santa Catarina vai conseguir o que tivemos – comemora.

Outros dois sindicatos têm como data-base o mês de abril para as negociações. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Joinville e região já está entregando a pauta de reivindicações para o sindicato patronal, mas ainda não houve o início das discussões. Segundo o presidente Silvio de Souza, o pedido é de reposição da inflação, mais ganho real de 5%. No ano passado, a categoria conseguiu apenas a inflação.

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– As expectativas são boas. Esperamos que a gente faça uma boa negociação, até porque os indicadores estão dizendo que as condições estão boas – afirma.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville também aguarda as primeiras rodadas de negociação após apresentar as reivindicações para os patrões. Com 1º de abril como data-base, a categoria pede a reposição da inflação e mais aumento real de 3%. Além disso, solicita o transporte gratuito para trabalhadores que precisam usar ônibus e que a divisão da participação no lucro e resultados das empresas seja feita em partes iguais, já que algumas empresas realizam de forma proporcional ao salário.

Entre os pedidos, também estão o aumento do piso salarial de R$ 1.140 para R$ 1.300, a renovação da convenção coletiva 2016/2017 e investimentos permanentes no setor de saúde e segurança do trabalhador. O presidente do sindicato, Rodolfo de Ramos, diz que no ano passado foram 90 dias turbulentos para conseguir 70% de reposição da inflação e um abono de R$ 1.250.

– Agora, esperamos conseguir 100% do INPC e alguma coisa de ganho real. No ano passado, o INPC foi de 9,74%, mas acreditamos que neste ano deve fechar, no máximo, em 4,5% – conta.

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Joinville (Siticom) tem como data-base o mês de maio. A categoria informou que as negociações devem começar apenas em abril. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Mecânica de Joinville e região tem abril como data-base. A categoria realizou convenção coletiva no dia 11 para construir a pauta de reivindicações, que foi entregue ao sindicato patronal. A reportagem não conseguiu contato com a entidade para saber os detalhes dos pedidos realizados. As negociações ainda não começaram.

TÊXTIL

Quantos representa: 6 mil trabalhadores.

Data-base: fevereiro.

Situação: acordo firmado com o sindicato patronal.

MECÂNICOS

Quantos representa: 12 mil trabalhadores.

Data-base: abril.

Situação: reivindicações enviadas ao sindicato patronal e à espera do início das rodadas de negociação.

METALÚRGICOS

Quantos representa: 18 mil

Data-base: abril

Situação: reivindicações enviadas ao sindicato patronal e à espera do início das rodadas de negociação.

PLÁSTICOS

Quantos representa: 12 mil trabalhadores.

Data-base: abril.

Situação: reivindicações enviadas ao sindicato patronal e à espera do início das rodadas de negociação.

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Quantos representa: 6 mil trabalhadores.

Data-base: maio.

Situação: negociações devem começar apenas em abril.