O movimento de veículos que saem do Vale rumo ao litoral aumenta à medida que as temperaturas se elevam. Daqui até o pico da temporada, entre dezembro e janeiro, milhares de motoristas terão de escolher entre os buracos da Rodovia Jorge Lacerda e os perigos da BR-470 em obras. O Santa percorreu as duas principais ligações com as praias na semana passada e encontrou um cenário que demanda atenção dos condutores.

Continua depois da publicidade

Nas duas estradas há problemas no asfalto, mas a rodovia federal leva vantagem neste aspecto. A pista está melhor conservada que a da Jorge Lacerda, também chamada SC-412, cujo trajeto passa pelas áreas urbanas de Gaspar e Ilhota. Em alguns trechos os vários remendos no asfalto desapareceram por causa do tráfego intenso, principalmente no sentido litoral-Blumenau.

Há locais da via estadual em que se concluiu o recapeamento, como em Gaspar, mas a pintura da sinalização não foi refeita. Na região do bairro Figueira, há pontos com sequências de buracos. Uma placa vertical no alto da pista, indicando distâncias entre alguns municípios, está praticamente apagada por causa da fuligem.

Leia mais

Continua depois da publicidade

:: Asfalto da BR-470 é melhor, mas faltam iluminação e acostamento

Os problemas de sinalização se repetem em Ilhota e Itajaí. Nesta última, perto da Escola Básica Maria Nilza Ferreira Evaristo, no bairro Espinheiro, as faixas de segurança estão sumindo e parte das ilhas de segurança foi destruída por acidentes.

– A rodovia está ruim por causa dos buracos. E a sinalização também não é aquela coisa. Não acho que seja uma estrada muito segura por causa destes buracos – afirma Manoel de Jesus Marques, que se desloca pela Jorge Lacerda todos os dias.

Para o sargento da Polícia Militar Rodoviária Marcelo Vieira Ramos, apesar dos problemas estruturais a Jorge Lacerda apresenta boas condições de tráfego. As vantagens em relação à rodovia federal são a rede de iluminação e o tráfego menos intenso de caminhões. Por outro lado, há congestionamentos em Gaspar, Ilhota e na confluência com a BR-101, em Itajaí.

Continua depois da publicidade

– Nos três primeiros quilômetros da rodovia, que começa em Itajaí, houve uma explosão demográfica que aumentou o movimento, gerando acúmulo de trânsito em horários de pico – lembra Ramos.

O superintendente regional do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Magno Vinícius Uba de Andrade, afirma que a Jorge Lacerda recebeu pintura de sinalização no mês passado. Mas que, diante do excesso de problemas estruturais, terá de passar por uma reforma mais aprofundada. Uma licitação está prevista, mas ainda não há edital pronto.

– Dado o volume, se a gente cuidar só das faixas de pedestre vamos ter serviço o ano inteiro. Pela legislação, a manutenção cabe a quem solicitou estas faixas – avalia.

Continua depois da publicidade