Os efeitos da crise econômica, o medo dos investidores e os problemas de liquidez e crédito para entidades financeiras e empresas, junto à alta volatilidade, fizeram as principais bolsas do mundo fecharem 2008 com quedas em torno de 40%, média que a Bovespa ainda superou em um ponto, perdendo 41%.
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Wall Street foi o epicentro de uma crise internacional que afundou gigantes financeiros e empresas que há pouco mais de um ano pareciam “intocáveis”, espalhando as perdas pelos pregões das mais destacadas bolsas de valores, que, em geral, viveram seu ano mais complicado desde o “crash” de 1929.
Assim, o Dow Jones Industrial, principal índice da Bolsa de Nova York, caiu 35% neste ano, o mercado eletrônico Nasdaq, no qual, em grande parte, as empresas de tecnologia e internet perderam 42%.
O índice Standard and Poor’s 500 também caiu 40%, enquanto na Europa, a Bolsa de Londres caiu 32% e o Eurostoxx, 44,28%.
A volatilidade que impera nos mercados fez Frankfurt cair 40% e Paris mais de 43%, enquanto o principal indicador da bolsa espanhola, o Ibex-35 caiu 39% em 2008, o pior ano de sua história, e Milão, quase 50%.
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Assim como Madri, a Bolsa de Tóquio, maior do mundo após Wall Street, também fechou o pior ano de sua história com perdas de 42% , pela crise econômica e a cotação do iene.
Na América do Sul, além da queda de 41% da Bovespa, o índice argentino Merval, caiu quase 50%, a bolsa de Santiago do Chile, 20%, da capital peruana Lima, 60%, do México, 24%, e da Bogotá, na Colômbia, cerca de 30%.
Vários institutos de análise afirmam que a fortíssima volatilidade se manterá até boa parte de 2009, mas não se arriscam a prever quanto tempo poderá se manter a incerteza entre os investidores, enquanto os mercados de renda variável seguirem reagindo com força tanto às notícias negativas sobre a economia como à aprovação dos planos “anticrise”.
Os investidores seguem atentos às notícias sobre as crises de hipotecas, de crédito e de liquidez, enquanto se sucedem as ajudas públicas, as nacionalizações de bancos e, além disso, nas últimas semanas se conheceu o caso da chamada “fraude Madoff”, circunstância que também ajudou a prejudicar os mercados.
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Bear Stearns, Fannie Mae, Freddie Mac, Lehman Brothers, AIG, Merrill Lynch, Washington Mutual e Wachovia lideram a lista de gigantes financeiros vítimas de uma crise de crédito originalmente ligada à explosão da bolha imobiliária e hipotecária nos EUA e que foram protagonistas nos cortes das bolsas de valores.
As autoridades americanas precisaram intervir com contundência para salvar o sistema financeiro, enquanto interveio nas duas maiores hipotecárias do país, Fannie Mae e Freddie Mac e se reduziram as taxas de juros nos dois lados do Atlântico.
A quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers em setembro foi o catalisador da intensificação da crise financeira internacional e as quedas dos mercados.
No primeiro semestre, os principais índices das bolsas européias acumulavam perdas em torno de 20% e no primeiro trimestre as quedas médias eram de 17%, apesar de seus retrocessos se acentuarem nos últimos meses do ano pela piora da economia mundial e pelos temores dos próximos períodos de recessão.
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