Nos últimos anos, políticas de redução de impostos e abertura de novas linhas de crédito – visando manter aquecida a economia – estimularam as famílias às compras, principalmente as que geram endividamento de longo prazo, como imóveis e automóveis. A avaliação é do professor de Economia Brasileira Contemporânea da Furb, Sidney Silva.

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– Passamos por quatro anos consecutivos de uma situação favorável. Esse panorama mudou no fim de 2014 e passamos a colher os frutos do consumo acelerado. Este ano começou com perspectiva de diminuição de postos de trabalho e a inadimplência começa a aumentar devido à perda do emprego – avalia.

Para Silva, os primeiros sinais de retomada do crescimento da economia devem ser percebidos no fim do segundo semestre de 2016. Caso a inflação de julho caia em relação a junho, o índice pode continuar apresentando queda nos meses seguintes, avalia o especialista.

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> Ajuste seu orçamento

– Faça um levantamento de receitas e despesas. É importante visualizar para onde está indo o dinheiro.

– Descubra os itens supérfluos que podem deixar seu cotidiano por algum tempo. Em relação à alimentação, gastos para uma família de quatro pessoas devem representar 30% do orçamento.

– Evite pagar a fatura mínima do cartão de crédito. Algumas instituições financeiras chegam a operar com 300% de juros ao ano.

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– Economize. É importante manter uma reserva durante o ano para as chamadas despesas eventuais, como pagamento de IPVA, ou repentinas, como problemas de saúde.

– Caso você se enrole com o cartão de crédito, pode ser conveniente procurar outros financiamentos mais baratos para quitar a dívida. Alguns cartões de crédito cobram 15% ao mês em juros. É melhor pegar um empréstimo com juros de 4% ao mês e quitar o cartão.

– Projete sua vida para os próximos anos e trabalhe para alcançar seus objetivos. Renuncie a pequenas coisas tendo em vista seu objetivo maior.

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Fonte: Sidney Silva, professor de Economia Brasileira Contemporânea da Furb.