Dois pescadores no canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis, alertam para os nobres visitantes na manhã desta terça-feira: os pinguins. A mãe com uma criança no colo deseja mostrar ao filho. Pronto para desistir, resolvi mudar o lugar. Bingo!
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Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
Nadam a favor da maré no canal com a cabeça mergulhada em busca de alimento. O sincronismo na procura pelos peixes impressiona quem aprecia o show da natureza.

Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
Os três pinguins apareceram de repente no canal como os botos em busca de comida e um local tranquilo para descansar.

Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
As gaivotas no local e mais os pescadores travam uma batalha sadia pelos pequenos peixes do local. A agilidade dos pinguins supera a experiência dos pescadores e a destreza das gaivotas.
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Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
A acupunturista Docilia Rosa da Costa resolveu passear no canal. Os visitantes ilustres rendem suspiros.

Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
-Que coisa mais linda. Maravilhoso. Surreal a presença deles aqui. Um verdadeiro presentaço. Tinha visto apenas em filmes- confessa completamente extasiada.

Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
Muitos morrem durante a jornada
Muitos animais, no entanto, não sobrevivem à longa viagem entre o sul da Argentina e a costa brasileira. Eles vêm ao país em busca de águas menos frias e alimentos, mas durante o caminho ocorre o que o Major Jardel Silva da Polícia Militar Ambiental (PMA) apelidou de seleção natural:
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– Apenas os mais fortes conseguem chegar. Não há alimento para todos, então os mais aptos são os que resistem ao cansaço, às doenças, às redes de pesca em que podem enroscar, e ao óleo das embarcações, que acabam com a impermeabilidade das penas e matam por frio ou por fungos – explica o Major.

Praia de Canasvieiras na tarde desta terça-feira
Foto: Charles Guerra, Agência RBS
A PMA pede que quem encontrar pinguins mortos nas praias ligue para a Prefeitura Municipal de Florianópolis, responsável pela remoção. Em caso de animais vivos, é preciso avisar a PMA do Rio Vermelho, que os recolherá.
– Como temos poucas viaturas e muitos avisos sobre pinguins nas praias, pedimos que a pessoa recolha o animal com cuidado, coloque-o em uma caixa de papelão, e leve para a sede do Cetas no Rio Vermelho – esclarece o Major Jardel da Silva – Há épocas em que chegamos a registrar 60 pinguins recebendo cuidados médicos no Cetas, são casos comuns durante o inverno catarinense.
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Praia dos Ingleses na tarde desta terça-feira
Foto: Charles Guerra, Agência RBS