Quem está ou vai a Itajaí neste fim de semana não pode perder as atrações da Marejada 2015 e a chegada dos veleiros gigantes da Regata Jacques Vabre. Esta é a primeira vez que veleiros de 102 pés vem ao Brasil e prometem roubar a cena na Vila da Regata.

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Enquanto a tradicional festa peixeira abre os portões às 11h com 10 restaurantes, shows com artistas locais e diversas opções de lazer, os barcos da classe Ultime são esperados para chegar entre a madrugada e a noite de sábado.

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O fim de semana vai ser movimentado em toda a região, com atrações extras para quem curte esportes náuticos. Uma delas é a 12ª Regata Marejada, que parte de Florianópolis e chega ao município sábado. A competição é uma das mais tradicionais dentro do calendário de vela oceânica do Estado e neste ano contará com a participação do velejador André Fonseca, o Bochecha. Único brasileiro a participar da Volvo Ocean Race, Bochecha volta ao litoral norte a bordo do Itajaí Sailing Team, barco que representa a cidade em competições nacionais.

Participam da Regata Marejada as classes ORC, C30, RGS e Proa Rasa sendo que a largada acontece em Jurerê, às 10h e às 11h. O percurso será livre e terá 32 milhas náuticas, com previsão de chegada dos primeiros barcos a partir das 16h.

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Itapema recebe programação da Jacques Vabre

Outra regata também promete agitar o público da região no domingo. Os veleiros Macif e Sodebo, da classe Ultime da Transat Jacques Vabre, farão um percurso entre Itajaí e Itapema. A saída ocorre da Vila da Regata, em Itajaí, a partir do meio-dia, com largada programada para às 14h. A prova deve durar 1h20min.

Chegando a Itapema, os barcos contornarão três boias triangulares e voltam para Itajaí. No dia 15, quem assume os mares são os veleiros da Classe Imoca fazendo o mesmo percurso. O município vizinho preparou ainda uma programação durante todo domingo na Avenida Beira-Mar, na Orla do Centro. Das 9h às 18h, haverá o 1º Encontro de Carros Antigos Volksbeach com exposição entre as ruas 147 e 165.

Já das 14h às 18h, a cidade recebe apresentações artísticas, culturais e musicais nas ruas 163 e 165. Outros destaques são o espaço prevenção e uma arena esportiva com diversas modalidades.

Primeiro barco da Jacques Vabre chega até o meio-dia de sábado

O primeiro barco da Regata Jacques Vabre deve atracar em Itajaí sem muita pompa. A previsão da organização é que ele cruze a linha de chegada entre a madrugada e o meio-dia de sábado. Os dois veleiros que puxam a flotilha pertencem à classe Ultime e são considerados os maiores e mais rápidos da vela oceânica mundial. Na liderança está a equipe Macif, seguida pelo barco Sodebo, que deve chegar à cidade com uma diferença de 10 horas.

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Os dois multicascos travaram uma disputa acirrada durante os 10 mil quilômetros da travessia transatlântica entre a França e o Brasil. Rápidos e potentes, eles devem completar o percurso em 12 dias, ou seja, fizeram pouco mais de 800 quilômetros por dia. No fim da tarde de sexta-feira, o líder estava a 300 quilômetros de distância da costa itajaiense.

Com três cascos, os barcos da classe Ultime têm o mastro do tamanho do Cristo Redentor. Ao todo, quatro veleiros largaram de Le Havre, mas dois tiveram problemas e abandonaram. Depois deles, as próximas equipes a chegar no município são da classe Imoca. Esses barcos só devem atracar por aqui entre quarta e quinta-feira da semana que vem.

Brasileiro machuca o joelho durante a travessia

O velejador brasileiro Renato Araújo, integrante do barco Zetra, machucou o joelho esquerdo e foi obrigado a acionar a equipe médica da Transat Jacques Vabre comandada pelo francês Jean-Yves Chauve. Desde a última quinta-feira, ele sentiu um inchaço na rótula. No contato com o médico, a solução foi tomar um medicamento e repousar. A equipe segue em sexto lugar na Class40 da Transat Jacques Vabre.

– Foi um escorregão no píer ainda em Le Havre, dois dias antes da largada da regata. Eu até tinha esquecido da queda, mas dois dias atrás começou a inchar e fui obrigado a acionar o médico. O Eduardo Penido está fazendo quase tudo a bordo, pois estou em repouso. Fico mais no cockpit. O bom é que passamos por uma região que é preciso fazer poucas manobras, ficamos o dia inteiro com o mesmo conjunto de velas – disse Araújo.

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O Zetra se aproxima de Cabo Verde. Depois, o barco deve pegar a chamada calmaria dos Doldrums, uma região sem vento nas proximidades da Linha do Equador.

– Desde que a gente saiu das Ilhas Canárias tudo foi bom pra gente. A escolha pelo lado Leste foi acertada – explica.