O primeiro-ministro Alexis Tsipras visitou nesta segunda-feira Mati e Rafina, as duas localidades mais afetadas pelos grandes incêndios que deixaram pelo menos 91 mortos na semana passada na Grécia.

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A visita não havia sido anunciada com antecdência à imprensa para evitar manifestações de revolta dos moradores.

O balanço de mortos dos incêndios aumenta a cada dia e 25 pessoas permanecem desaparecidas. Os bombeiros não descartam a possibilidade de que alguns dos desaparecidos figurem entre os corpos carbonizados que ainda não foram identificados.

O encontro entre o primeiro-ministro grego e as autoridades regionais durou uma hora, de acordo com um breve comunicado oficial.

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Os habitantes de Mati e Rafina começaram a limpar as áreas atingidas pela catástrofe com a ajuda de voluntários de outras regiões do país e de funcionários do governo.

Atiçado por ventos de 120 km/h, o incêndio florestal de 23 de julho no monte Pendeli alcançou em menos de uma hora as residências de Mati e Rafina.

Algumas pessoas morreram queimadas quando tentavam fugir de carro e outras quando tentavam alcançar as praias.

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O governo suspeita de uma origem criminosa para o incêndio e a justiça abriu uma investigação.

Especialistas apontaram a falta de um plano urbanístico nas localidades construídas em meio a pinhais.

Na sexta-feira, Tsipras assumiu a responsabilidade política da tragédia sem questionar a gestão operacional da luta contra o fogo.

A oposição e a imprensa criticaram a falta de coordenação dos serviços responsáveis pelo combate às chamas.

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* AFP