Um grupo de rebeldes armados sequestrou o primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, em Trípoli no começo desta quinta-feira. De acordo com a CNN, aproximadamente cem homens chegaram ao hotel em cerca de 35 veículos e levaram Zeidan, na mira de armas, em um comboio na saída do Hotel Corinthia, onde ele reside. Testemunhas afirmam que não houve troca de tiros durante a ação.

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Na página do primeiro-ministro no Facebook o sequestro foi chamado inicialmente de boato. Mais tarde, uma nota foi publicada confirmando a ação. No site do governo do país, uma pequena nota confirma o ato:

“O chefe do governo de transição, Ali Zeidan, foi levado para um destino desconhecido por razões desconhecidas por um grupo de homens que acredita-se ser formado por ex-rebeldes”.

O primeiro-ministro teria sido levado milicianos da Câmara de Revolucionários da Líbia, que responderia aos ministérios de Defesa e Interior. O grupo divulgou no Facebook que Zeidan teria sido “preso de acordo com o código penal líbio, por ordem do procurador”. Ele estaria sendo acusado de corrupção administrativa e financeira. O ministro da Justiça, Salah al-Marghani, disse para a TV líbia que o procurador geral não havia emitido esta ordem, e que Zeidan teria sido sequestrado.

Esta operação pode estar relacionada com a captura de Abu Anas al Libi pelas forças americanas no sábado. Ele é suspeito de ser o responsável pelos ataques nas embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998. A milícia nega que o ministro tenha sido levado por causa da apreensão de Libi. Contudo, há três dias, a Câmara de Revolucionários da Líbia divulgou uma nota que qualquer um que tenha colaborado com os serviços de inteligências estrangeiros seria punido.

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